Sem celular e coagidas a beber: acusação detalha estupros de ex-City
Julgamento do lateral esquerdo Benjamin Mendy começou nesta segunda (15/8). Promotor explicou estratégia usada por jogador e amigo
atualizado
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O julgamento do lateral esquerdo Benjamin Mendy, que atuava no Manchester City, iniciou oficialmente nesta segunda-feira (15/8). O jogador é acusado de oito supostos estupros e de uma agressão sexual.
Mendy negou os crimes, mas está sendo acusado pela promotoria de ser “um predador” que “criou situações” para poder estuprar e agredir sexualmente mulheres ao lado do amigo Louis Saha Matturie.
“A acusação é simples. Tem pouco a ver com futebol. Na verdade, é mais um capítulo de uma história muito antiga: homens que estupram e agridem sexualmente mulheres porque pensam que são poderosos e acham que podem se safar”, declarou o promotor Timothy Cray na abertura do julgamento.
“Essas mulheres eram descartáveis: apenas coisas que eram usadas para o sexo e depois deixadas de lado. Esse foi o efeito das escolhas deliberadas e planejadas feitas pelos réus”, continuou Cray.
De acordo com o promotor, Benjamin Mendy e Louis Matturie estavam “preparados para cometer graves crimes sexuais” e não aceitavam “um não como resposta”. Timothy Cray afirmou que um dos trabalhos do amigo de Mendy era encontrar mulheres jovens e “criar situações nas quais elas pudessem ser estupradas e agredidas sexualmente”.
A acusação também apontou para os métodos utilizados pelos réus, que levavam as mulheres para a casa do lateral, em Cheshire, e, segundo as vítimas, roubavam seu telefones. As mulheres alegam que foram coagidas a ficar bêbadas e que foram trancadas em quartos com fechaduras especiais.
A defesa, entretanto, relatou que todas as mulheres deram seu consentimento para ter relações sexuais, o que a promotoria não acredita.
“A promotoria aceita que algumas mulheres consentiriam em fazer sexo com Mendy, mas nem todas o fizeram. O grande salto que Mendy deu foi querer que todas as mulheres que fossem ao seu endereço estivessem disponíveis para o sexo. Saha compartilhava dessa mentalidade. Juntos, eles se convenceram de que o consentimento livre e informado ao sexo simplesmente não importava”, concluiu Cray.