Seleção do Marrocos deixa Guiné após golpe de estado e tem jogo adiado
A equipe conseguiu embarcar de volta para casa após passar algumas horas sob “segurança” dos insurgentes
atualizado
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A seleção de futebol do Marrocos passou por uma situação incomum e preocupante no domingo. A equipe deixou a Guiné, onde estava para a partida contra os donos da casa pelas Eliminatórias Africanas da Copa do Mundo, após o país sofrer um golpe de estado. A informação foi divulgada pelo porta-voz da federação marroquina.
Segundo Mohamed Makrouf, a seleção conseguiu embarcar de volta para casa após passar algumas horas sob “segurança” dos insurgentes. A delegação contou com a ajuda do Rei Mohammed VI. Achraf Hakimi, contratado nesta temporada pelo Paris Saint-Germain por 60 milhões de euros (cerca de R$ 370 milhões), e zagueiro Florentin Pogba, irmão mais velho do volante do Manchester United, fazem parte da equipe.
A Fifa emitiu um comunicado informando que a partida entre os países foi adiada “para a segurança dos jogadores e para a proteção de todos”. Uma nova data da reunião será anunciada nos próximos dias.
Oficiais das forças de elite da Guiné afirmaram neste domingo ter capturado o presidente, Alpha Condé, e “dissolvido” as instituições. Os insurgentes divulgaram um vídeo do presidente de 83 anos preso. Perguntam se ele foi maltratado e Alpha Condé, de jeans e camisa, sentado em um sofá, se recusa a responder.
O Ministério da Defesa rejeitou os ataques à presidência e disse em comunicado que “os insurgentes (tinham) semeado o medo” antes de assumir o controle do palácio presidencial, mas que “a guarda presidencial, apoiada pelas forças de defesa e segurança, leais e republicanos, impediu o ameaçar e repelir o grupo de ataque”.
Durante meses, a Guiné, um dos mais pobres do mundo, apesar de seus recursos minerais e hídricos, tem passado por uma profunda crise política e econômica, exacerbada pela pandemia de Covid.