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Seleção Brasileira tem recepção fria em SP às vésperas da Copa América

Torcedores da cidade têm relação de “amor e ódio” com a equipe nacional. Na sexta-feira (14/06/2019), o Brasil estreia na Copa América

atualizado

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1 de 1 1712 - Foto: SalvarPEDRO MARTINS / MOWA PRESS

Se historicamente o torcedor paulistano sempre teve uma relação de “amor e ódio” com a Seleção Brasileira, os primeiros contatos da equipe com os fãs em São Paulo, às vésperas da estreia na Copa América, foram tímidos até aqui. A movimentação no hotel onde a delegação está hospedada, na zona sul, tem sido baixíssima, e no treino realizado segunda-feira (10/06/2019) no estádio do Pacaembu apenas dois torcedores se arriscaram a ir à porta do estádio para – sem sucesso – ver os jogadores.

A previsão inicial era de que a seleção realizasse os seus treinamentos na Academia de Futebol do Palmeiras. No domingo, no entanto, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) mudou o local para o Pacaembu, um dos estádios mais especiais da carreira de Tite. Foi ali que ele ganhou, pelo Corinthians, títulos como Libertadores, Campeonato Brasileiro e Recopa, além de criar uma relação forte com a torcida alvinegra.

Na segunda-feira, antes do treino, Tite percorreu, sozinho, todo o gramado do Pacaembu. Já Edu Gaspar, coordenador da CBF e ex-jogador do Corinthians, tirou uma selfie ao sair do vestiário.

Apenas um pequeno grupo de torcedores convidados por patrocinadores da CBF pôde acompanhar o treino das arquibancadas. Os jogadores titulares ou que atuaram por mais da metade do tempo na vitória sobre Honduras, no domingo, foram dispensados do treino e permaneceram no hotel. Por isso, a atividade no Pacaembu teve a presença somente dos três goleiros (Alisson, Cássio e Ederson) e mais sete jogadores de linha: Miranda, Alex Sandro, Fagner, Lucas Paquetá, Willian, Everton e Roberto Firmino.

Durante toda a estada da seleção em São Paulo, até sábado, não está previsto nenhum treino com a presença de torcedores. Na quarta-feira (12/06/2019), inclusive, a atividade será fechada à imprensa.

Na sexta-feira (14/06/2019), o Brasil estreia na Copa América diante da Bolívia, no Morumbi. O estádio já foi palco de vaias históricas à seleção. Em 1970, por exemplo, em um amistoso com a Bulgária, Pelé ficou no banco e Paulo César Caju foi titular, o que gerou muitas críticas da torcida. Em 2000, contra a Colômbia, a torcida se revoltou e atirou milhares de bandeirinhas no gramado. As vaias mais recentes do torcedor paulistano à seleção não foram no Morumbi, mas sim no Allianz Parque, em 2015, num amistoso com o México, na primeira partida no País depois do vexame do 7 a 1.

Justamente por causa dessa relação conturbada com o torcedor de São Paulo, o técnico Dunga admitia publicamente que a sua preferência era jogar em cidades onde a seleção recebia apoio praticamente incondicional, independentemente da fase, sobretudo nas regiões Norte e Nordeste do País. Já Tite diz que faz parte do processo de “amadurecimento” da seleção atuar em estádios onde o clima é mais hostil.

Para o jogo de sexta-feira, o Morumbi deve estar cheio, mas até a noite de segunda-feira ainda restavam ingressos à venda nas categorias 1 e 2 (R$ 590 e R$ 390, respectivamente). As entradas para o jogo do dia 22, diante do Peru, na Arena Corinthians, estão esgotadas.

VAIAS HISTÓRICAS
1970: Brasil x Bulgária

Críticas após Pelé ficar no banco

1982: Brasil x Checoslováquia

Em homenagem a Jairzinho, torcida desaprovou a equipe

2000: Brasil x Colômbia

“Chuva” de bandeiras no campo

2015: Brasil x México

Críticas após vexame do 7 x 1

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