Romário reitera críticas às convocações na seleção brasileira
Senador insinuou que há irregularidades nos critérios de escolha de jogadores. Dunga disse que iria processá-lo
atualizado
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O senador e ex-jogador Romário (PSB-RJ) respondeu nesta terça-feira (29/9) as declarações do coordenador técnico da seleção brasileira, Gilmar Rinaldi, e do técnico Dunga, que revelaram na noite de segunda, em entrevista ao programa Bem, Amigos!, do SportTV, que vão entrar na Justiça contra o senador.
Em longo texto nas redes sociais, Romário manteve o que disse sobre supostos interesses que existem nas convocações da seleção brasileira e citou reportagem publicada pelo jornal O Estado de S.Paulo.
“Estão me pedindo provas, não preciso ir muito longe, o jornal O Estado de S. Paulo tornou público um contrato da CBF com a empresa a ISE, para a realização de amistosos da Seleção Brasileira”, escreveu. “Onde ficam os critérios técnicos? Quem define quais jogadores convocados? O técnico ou os parceiros comerciais?”, questionou.A reportagem apresenta documentos que comprovariam que as listas de jogadores convocados precisariam atender a critérios estabelecidos pelos parceiros comerciais da CBF. E qualquer substituição precisaria ser realizada em “mútuo acordo” entre a entidade e empresários.
Durante a entrevista na noite de segunda-feira, Dunga disse que Romário dispara para “todos os lados” e que ele teria de “trazer os fatos” que comprovariam irregularidades na convocações. Gilmar ainda desafio Romário a abrir seu sigilo bancário e disse que o senador fizesse isso ele mostraria suas contas.
Romário não gostou e foi duro: “Sobre mim não pesam suspeitas”, escreveu o senador, que também criticou a carreira de empresário de Gilmar antes de assumir o cargo na seleção. “Gilmar Rinaldi tem que se colocar no lugar dele. Sou senador da República, legitimado por quase 5 milhões de pessoas, enquanto ele foi indicado para um cargo em uma entidade corrupta depois de ter sido um jogador e empresário medíocre”, atacou.
O senador questionou o trabalho de Gilmar como empresário antes de ser contratado pela CBF. “Tenho todo direito de afirmar que ele não deveria ocupar o cargo de coordenador da seleção brasileira. Até um dia antes dele ser anunciado para a função, Gilmar Rinaldi era empresário de jogador de futebol. Não acredito na isenção dele para o cargo”.
“Ele só ocupa o cargo de coordenador da seleção porque foi indicado por pessoas como José Maria Marin, que está preso na Suíça, e Marco Polo Del Nero, outro alvo do FBI. Ele tem que desafiar seus iguais, pessoas iguais a ele”, declarou Romário.