Caboclo é denunciado mais uma vez por assédio e, também, agressão
Em um documento de seis páginas, a vítima contou ter sido agredida física e psicologicamente pelo dirigente
atualizado
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Rogério Caboclo, presidente afastado da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), recebeu mais uma denúncia de assédio sexual feita por uma ex-funcionária. Em um documento de seis páginas, a vítima contou ter sido agredida física e psicologicamente pelo dirigente. Ele nega as acusações.
As informações são do Globoesporte.com que teve acesso à denúncia que chegou à CBF na última quarta-feira (18/8). Nele são relatados episódios ocorridos em 2017 e 2019, quando a mulher deixou de trabalhar na entidade.
“O Rogério me expôs inúmeras vezes. Começou com jantares profissionais, em reuniões ele tentava me abraçar e me beijar, entre outras tentativas de me agarrar à força. Foram muitas ocasiões. Ele tentou desde me pedir em casamento em sua sala enquanto Diretor Executivo de Gestão, à total insanidade com os assédios físicos os quais descrevo abaixo. Ele não aceitava não como resposta”, contou a acusadora.
A defesa do dirigente declarou, em nota, que Caboclo “nega veemente” a acusação e afirmou que a funcionária recebeu proposta de dois diretores da CBF, Glinei Botrel e Manoel Flores, para prejudicá-lo. Confira na íntegra a resposta de Rogério:
“O presidente da CBF, Rogério Caboclo, repudia as acusações levianas e falsas lançadas contra ele e nega veementemente que tenha cometido atos que configurem assédio em relação à mencionada funcionária da entidade.
Ocorre que, durante o processo do afastamento ilegal de Caboclo do cargo, ele recebeu áudios de diálogos da acusadora e de sua mãe em conversa com um colaborador da CBF (nota da reportagem: o interlocutor é Ricardo Trade, o Baka, que não é funcionário da confederação, mas se apresenta como uma pessoa que quer ajudar Caboclo). Elas relatam de forma clara o recebimento de proposta para prejudicar Rogério Caboclo e retirá-lo definitivamente do comando da entidade. As propostas incluíam oferecimento de alto cargo de direção na CBF, além de R$ 1 milhão.
Essas tentativas de cooptação da funcionária, como comprovam as conversas, foram conduzidas pelos diretores Gilnei Botrel e Manoel Flores, aliados do ex-presidente banido do mundo do futebol e investigado pela Polícia Federal, Marco Polo Del Nero. A defesa de Rogério Caboclo já entrou com pedido de investigação na Comissão de Ética da CBF contra os diretores citados no áudio por suspeita de corrupção de testemunha e contra o ex-presidente da CBF.”
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