Robinho tem julgamento final por estupro coletivo nesta quarta (19/1)
Condenado em outras duas instâncias, jogador pode enfrentar até 10 anos de prisão. Caso ocorreu em 2013, em Milão
atualizado
Compartilhar notícia
A Justiça italiana julgará nesta quarta-feira (19/1) o caso de estupro coletivo envolvendo o jogador Robinho, de 37 anos. Essa é a última instância legal para o crime. Nas outras duas, Robinho acabou sendo condenado pelo crime por nove anos de prisão.
A defesa do jogador apresentou uma apelação para a decisão judicial. O crime ocorreu no ano de 2013, na boate Sio Caffé, em Milão, na época em que o jogador atuava pelo Milan. Além do atleta, outros quatro brasileiros foram acusados de estuprar uma moça de origem albanesa na ocasião.
Relembre o caso
O crime voltou à tona no fim de 2020, quando o jogador foi anunciado pelo Santos em outubro. A repercussão da contratação, no entanto, foi a pior possível. Torcedores do Peixe e de outras equipes condenaram a diretoria e o atleta pela contratação.
Como reação, passaram a cobrar os patrocinadores do clube sobre a chegada de uma pessoa condenada pelo crime bárbaro. As empresas começaram a pressionar a equipe Alvinegra da Vila Belmiro sobre a decisão. Alguns dos patrocinadores cancelaram os contratos com o Santos. A diretoria da equipe na época chegou a defender o camisa 7.
No entanto, com o assunto em alta, detalhes do processo surgiram na mídia. Entre eles, áudios de uma conversa de Robinho com outro acusado. O jogador debocha da vítima relembrando que ela estava completamente bêbada. Em determinado momento, ele assume que tentou fazer sexo oral com a mulher, mas afirma que isso “não significa transar”.
Com a desistência de patrocinadores e o impacto financeiro iminente, o Peixe recuou e desistiu da contratação.
O jogador deu uma série de declarações polêmicas na época entre elas, Robinho lamentou a existência do movimento feminista, afirmou que seu único crime foi trair a esposa, além de se comparar com o presidente Jair Bolsonaro.
Dois meses depois, Robinho foi condenado em 2ª instância. A decisão fez com que a atual gestão do Santos, que não foi responsável pela contratação do jogador, pedisse a rescisão do contrato que estava suspenso.
Trajetória
Revelado pelo Santos, onde se consagrou com a camisa 7, Robinho foi Campeão Brasileiro em 2002 diante do Corinthians na última edição do campeonato no formato de mata-mata. Em 2004, garantiu outro brasileiro com a camisa do Peixe.
Em 2005, o atacante foi vendido para o Real Madrid. Ficou 3 anos com o time merengue ,m foi campeão do Campeonato Espanhol em duas edições e em 2008 seguiu para o Manchester City. Em baixa, retornou para o Santos em 2010 onde conquistou um Campeonato Paulista e uma Copa do Brasil ao lado de Neymar e Paulo Henrique Ganso.
O bom desempenho o levaram para o Milan, onde jogou por anos e conquistou títulos. Foi neste período que o crime ocorreu. Em 2015 ele retornou ao Santos e garantiu outro Campeonato Paulista. No ano seguinte jogou na China, no Ghaungzou Evergrande. Jogou no Atlético-MG em 2016 e permaneceu dois anos.
Seus últimos dois clubes foram o Sivasspor e o Basaksehir, ambos da Turquia. Desde 2020 Robinho não joga.
Pela Seleção, o jogador somou 99 partidas, fez 29 gols e deu 22 assistências. Em sua trajetória, conquistou a Copa América de 2007 , quando também se sagrou artilheiro da competição, e duas Copas das Confederações, em 2005 e 2009. Robinho jogou as Copas de 2006, na Alemanha, e a de 2010, na África do Sul.
Quer ficar por dentro de tudo que rola no mundo dos esportes e receber as notícias direto no seu Telegram? Entre no canal do Metrópoles.