Robinho e amigos usaram termos como “rangar” e “tirar o doze” para falar de estupro
O UOL divulgou trechos de relatório anexado ao processo pela defesa do atleta em que expressões depreciativas são usadas para falar do caso
atualizado
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Condenado a nove anos de prisão em segunda instância por estupro coletivo de uma mulher na Itália, o jogador Robinho ainda irá recorrer para tentar provar sua inocência. Trechos de um relatório anexado ao processo pela defesa do atleta, publicados pelo site UOL, elucidam a gravidade do caso.
Em uma conversa por telefone, gravada com autorização da Justiça, Robinho e seus amigos usam termos chulos e dão risadas sobre o episódio em uma boate de Milão, em 2013.
O bate-papo ao telefone gira em torno da preocupação se a mulher teria ou não ficado grávida. Robinho diz: “Eu lembro que foi, quem tava desesperado era o (amigo 3) e o (amigo 2) em cima da mina. O (amigo 3) e o (amigo 2) tava num desespero da porra.”
O amigo, então, responde: “Quando eu cheguei lá os cara tava trabalhando já, eu só entrei no trabalho.”
“Mina com carnê”
Os termos depreciativos continuam: “Então, eu também, porque eu nem consegui tirar o doze, mano, fazer o que, agora os caras (Risos)”, afirma Robinho. O amigo, então, reforça que “os caras tavam trabalhando já, eu só fui dar uma força”. O jogador completa: “Quero ver se a mina tá com um carnê, aí eu quero vê, mano”.
Tirar o doze seria uma referência ao pênis e carnê a um possível filho da vítima. A preocupação da dupla continua na conversa e Robinho reforça que não penetrou a mulher: “Eu não ranguei, eu tenho certeza que não tenho nada, agora quem rangou, que foi você que eu vi, eu não sei”.
O amigo se defende: “Eu tava de caneleira, eu tava com caneleira, né”, diz ele, se referindo a ter usado preservativo.
Terceira instância
Robinho e seu amigo, Ricardo Falco, ainda poderão recorrer à Corte de Cassação, tribunal correspondente ao Supremo Tribunal Federal no Brasil. De acordo com as leis italianas, só após o processo tramitar nessa terceira instância um acusado pode ser considerado culpado por algum crime.