Renato Gaúcho foi um raro caso de longevidade no futebol brasileiro

A eliminação do Grêmio na pré-Libertadores custou o emprego de Renato Portaluppi no comando do time gaúcho. Recuperando-se de Covid-19, o treinador sequer comandou a equipe na melancólica derrota por 2 x 1 para o Independiente Del Valle.

O que não impediu a direção gremista de encerrar um vínculo que já caminhava para o sexto ano de duração. E com a demissão de Renato, o Brasil encerra o último caso de uma escassa e rara longevidade de treinadores no comando de um clube.

Fim de uma era
Renato chegou ao Grêmio em 2016. De lá para cá conquistou três Campeonatos Gaúchos, uma Libertadores, um título de Copa do Brasil e uma Recopa. Além dessas conquistas, Renato Portaluppi inflamou o ego dos gremistas ao estabelecer uma hegemonia sobre o arquirrival Internacional.

O treinador chegou ao Imortal após um hiato de dois anos depois de deixar o Fluminense, em 2014. Com uma baita estrela, Renato já chegou sendo campeão da Copa do Brasil, batendo o Atlético-MG na decisão. No ano seguinte, o ápice do técnico na passagem atual pelo clube gaúcho: sob a batuta de Luan, a conquista da Libertadores.

Porém, após o título da competição continental, o clube alternou momentos de altos e baixos e a relação com a torcida foi se desgastando ao longo dos anos. E o fio que garantiu o treinador no cargo até 2020 foi justamente a supremacia diante do Colorado.

O que se rompeu na última temporada, com o Inter voltando a vencer o Grêmio e brigando pelo título do Campeonato Brasileiro até a última rodada. As eliminações com goleadas na Libertadores para Flamengo, em 2019 e para o Santos em 2020, também influenciaram na demissão.

Por fim, a permanência ficou insustentável com a queda precoce na principal competição que o time disputaria em 2021 e a era Renato no Grêmio foi encerrada.

E agora?
A saída de Renato do Grêmio dá nova cara ao mercado dos treinadores no Brasil. O nome de Tiago Nunes é ventilado no Imortal. E o próprio ex-comandante do time gaúcho vira sombra para nomes como Rogério Ceni, no Flamengo, principalmente.

O treinador, que ainda se recupera de Covid-19, não veio a público para falar de sua saída e de seus planos para o futuro. Resta saber se um treinador vitorioso e do quilate de Portaluppi ficará tanto livre no mercado brasileiro. Ainda mais em um mercado que não costuma ser paciente como o Grêmio foi com Renato.