Quem é André Villas-Boas, técnico sonho de consumo no São Paulo
Com apenas 43 anos, o português carrega potências no currículo como Porto, Chelsea e Tottenham, além do passado como auxiliar de Mourinho
atualizado
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Luís André de Pina Cabral e Villas-Boas. Ou André Villas-Boas. O famoso técnico português de 43 anos é, neste momento, o sonho de consumo da diretoria e da torcida do São Paulo para substituir Fernando Diniz. Com a pompa de já ter dirigido times como Porto, Chelsea e Tottenham, ele pediu demissão do Olympique de Marselha nessa terça-feira (2/2) e a saída do time francês é iminente.
Villas-Boas já esteve na mira do Tricolor em 2012, mas o acordo não saiu. Apesar da pouca idade para técnico, o português tem bastante experiência. Para o são-paulino que ainda não o conhece bem, eis as credenciais do técnico bola da vez.
A primeira atividade de Villas-Boas em comissões técnicas ocorreu em 2000. Na ocasião, debutou como diretor técnico da seleção das Ilhas Virgens Britânicas, país filiado à Concacaf (Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe).
Três anos mais tarde, iniciou a carreira como auxiliar técnico/observador. Em 2003 foi contratado pelo Porto, a convite de José Mourinho, e seguiu com o comandante em 2004 no Chelsea e em 2008 na Inter de Milão.
Vida sem Mourinho
Após seis temporadas como auxiliar de Mourinho, Villas-Boas decidiu trilhar o próprio caminho em missão como técnico. Assumiu o comando do Academica de Coimbra, que estava em último lugar na Primeira Liga. Apenas sete meses depois, o jovem português foi recontratado pelo Porto, desta vez para assumir o time principal, que havia demitido Jesualdo Ferreira (técnico que treinou o Santos no início de 2020).
A partir daí, o então desconhecido técnico português passou a enfileirar títulos. Em duas temporadas à frente do Porto, conquistou uma Supertaça Cândido de Oliveira, um campeonato nacional, uma Liga Europa e uma Taça de Portugal.
Já em junho de 2011, Villas-Boas chegou ao auge da carreira. Valorizado pelo título invicto do Campeonato Português, além de outras conquistas, ele foi contratado pelo Chelsea por 15 milhões de euros. A pressão por bons resultados, no entanto, comprometeu o trabalho e apenas uma temporada depois ele foi demitido – ainda tinha dois anos a cumprir.
Tretas no Tottenham e no Olympique
Em 2012, assinou com o Tottenham por três temporadas. O português conduziu o time à melhor campanha desde 1992 na Premier League, ganhou 100% dos jogos na fase de grupos da Liga Europa, mas ainda assim deixou o clube. Na ocasião, o comunicado dizia que a rescisão ocorria em comum acordo. Villas-Boas, no entanto, já não se entendia bem com os dirigentes dos Spurs.
Zenit, Shanghai SIPG e o Olympique de Marselha foram os últimos clubes em que Villas-Boas trabalhou. No time francês, o português perdeu o título da Supercopa da França para o PSG e ocupava a 9ª colocação, mas as rusgas com a diretoria foram mais fortes. Nessa terça-feira, pediu demissão e teve seu contrato suspenso pelo clube.