Primeira árbitra do futebol fica sem casa nos EUA e pede ajuda
Léa Campos, que estreou no apito em 1971, sofre com problemas de saúde, foi despejada e tem vivido com o marido de favor na casa de um amigo
atualizado
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Árbitros brasileiros estão engajados em campanha para ajudar a primeira árbitra da história a apitar um jogo de futebol. Léa Campos, que estreou no apito em 1971, tem passado dificuldade nos Estados Unidos. Com problemas de saúde, ela perdeu o emprego, a casa onde morava e vive de favor.
A situação da brasileira de 75 anos foi revelada pelo jornal O Globo. Atualmente, Léa e o marido, Luis Medina, estão no quarto da residência de um amigo.
A ex-árbitra convive com um colar cervical desde fevereiro – virou item obrigatório após sofrer uma queda. Medina perdeu o emprego em meio à espera por cirurgia para tratamento de câncer de próstata.
A ajuda do quadro de arbitragem atual é a esperança de Léa. “É um movimento bonito. Nunca em minha vida esperei passar por uma situação como essa”, agradece a ex-árbitra, em entrevista ao Globo. “Onde tira e não põe, acaba. Minha situação se agravou devido ao coronavírus. Aluguel aqui te come pela perna, sem pedir licença.”
A pandemia do novo coronavírus fez com que Léa suspendesse a produção de doces, de onde ela tirava uma renda.
A ex-árbitra deixou de apitar em 1974, após um grave acidente. Desde então, foram 108 cirurgias na perna, conforme as contas de Léa.