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Presidente da Federação da Francesa renuncia após denúncia de assédio

De comunicado divulgado pela entidade, Noël Le Graët optou por renunciar o cargo nesta quarta-feira (11/1)

atualizado

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Lionel Hahn/Getty Images
Noël Le Graët
1 de 1 Noël Le Graët - Foto: Lionel Hahn/Getty Images

Após ser acusado de assédio por uma agente, Noël Le Graët renunciou o cargo de presidente da Federação Francesa de Futebol nesta quarta-feira (11/1). Em um comunicado, a FFF se limitou a dizer que Noël optou por se retirar do cargo após reunião, além de terem demitido Florence Hardouin, gerente geral da entidade como medida preventiva.

Confira o comunicado da FFF na íntegra:

“Noël Le Graët, de acordo com o Comitê Executivo da FFF reunido hoje em Paris, optou por retirar-se de suas funções como Presidente da Federação até a comunicação final da auditoria realizada pelo Ministério do Esporte, e aguardando sua análise pelo Comex da FFF. 

O Comex da FFF também decidiu demitir Florence Hardouin, gerente geral da FFF, como medida de precaução.

A partir de hoje, Philippe Diallo, vice-presidente adjunto da FFF, será o responsável interino destas duas funções. 

Por fim, o Comex da FFF, informado dos termos da prorrogação do contrato de Didier Deschamps à frente da equipa francesa até 2026, validou-o por unanimidade.”

A decisão de Noël Le Graët vem após a agente de jogadores Sonia Souid denunciar um caso de assédio ocorrido em 214. Na ocasião, Le Graët a convidou para um reunião em seu apartamento e que durante o período em que estiveram no imóvel do então presidente da federação, seu comportamento a deixou incomodada.

“Eu sou uma das raras mulheres (agentes), tento me provar. E, apesar disso, percebi que, a cada hora, a única coisa que lhe interessava eram meus dois peitos e minha bunda. Isso é uma violência, me machucou. É humilhante”, afirmou Sonia.

A mulher ainda afirmou que Noël a olhava de forma vulgar e desrespeitosa.

“Eu tinha 28 anos naquela época. Ele tinha 72. Ele deveria ter esse respeito. Ele nunca me olhou como uma agente, mas como um bombom para mastigar. Para falar vulgarmente, ele me enxergava como dois peitos e uma bunda”, apontou.

Essa foi a segunda polêmica em menos de duas semanas envolvendo o cartola. Antes, ao comentar sobre a renovação do técnico Didier Deschamps com a seleção francesa, Noël Le Graët afirmou que não falaria com Zinedine Zidane para assumir o cargo caso o ex-jogador entrasse em contato.

“Eu ficaria surpreso se ele fosse para lá (Seleção Brasileira), mas ele faz o que quer e isso não me diz respeito. Não me interessa , deixe-o ir para onde quiser! Nunca pensamos em nos separar de Didier (Deschamps). Ele pode ir para onde quiser, um grande clube, uma seleção. Eu quase não acredito no que diz respeito a ele. Se Zidane tentou entrar em contato comigo? Claro que não. Eu nem teria pegado no telefone”, declarou para a rádio RCM.

O astro Kylian Mbappé saiu em defesa do ex-jogador e ídolo francês. “Zidane é a França, não desrespeitamos a lenda assim…”, escreveu Mbappé em uma postagem em sua rede social. O próprio jogador do Paris Saint-Germain também já havia entrado em rota de colisão com o dirigente, após desmentir Noël sobre o caso de racismo o qual foi vítima.

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