Presidente da Colômbia: Copa América será sem torcida nos estádios
A decisão de fechar o acesso da torcida aos jogos vale para as cidades de Barranquilla, Medellín, Cali e a capital Bogotá
atualizado
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Diante de um aumento nos casos de Covid-19 em toda a América do Sul, o governo da Colômbia anunciou que as partidas da Copa América no país, entre 13 de junho e 10 de julho, serão disputadas sem a presença de torcedores nos estádios. A decisão de fechar o acesso da torcida aos jogos vale para as cidades de Barranquilla, Medellín, Cali e a capital Bogotá.
“Esta Copa América será disputada sem público, visto as circunstâncias neste momento e a opinião também dos especialistas em epidemiologia”, disse o presidente Iván Duque, durante discurso na noite de terça-feira. Adiado no ano passado devido à pandemia do novo coronavírus, a competição será disputada conjuntamente com a Argentina.
Os estádios colombianos que não poderão receber público na Copa América são o El Campín, em Bogotá, o Atanasio Girardot, em Medellín, o Pascual Guerrero, em Cali, e o Roberto Meléndez, em Barranquilla, local da decisão.
“Temos trabalhado desde o ano passado na realização segura do evento que não terá público. A Copa América está mais firme do que nunca graças ao trabalho em equipe com Argentina, Conmebol e Federação Colombiana de Futebol”, disse Ernesto Lucena, ministro de Esporte da Colômbia.
Esta foi a primeira vez que Iván Duque se pronunciou sobre a Copa América após o presidente da Argentina, Alberto Fernández, mostrar preocupação na última quinta-feira sobre a possibilidade de que as partidas do torneio, da Copa Libertadores e da Copa Sul-Americana pudessem aumentar os casos de covid-19 na América do Sul.
“Não quero frustrar o espetáculo da Copa América. O que eu quero é que sejamos muito sensatos, muito cuidadosos. Temos algum tempo pela frente para ver como as coisas evoluem e para ver como podemos dominar este problema”, disse Alberto Fernández na ocasião.
Na semana passada, a Conmebol anunciou que vai receber a doação 50 mil doses de vacina contra a covid-19 para garantir a imunização de atletas que vão disputar a Copa América e os outros torneios organizados pela entidade. A negociação foi mediada pelo presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou, com o laboratório chinês Sinovac Biotech.
Em nota oficial, a Conmebol afirmou que a doação das vacinas assegura a realização da Copa América. A entidade promete ainda que as doses serão distribuídas prioritariamente para os elencos profissionais do futebol sul-americano, tanto masculinos quanto femininos. Árbitros e comissões técnicas também serão incluídos nesse plano.