Presidente da CBF é colocado longe de Infantino durante jogo do Brasil
Em função de suas decisões, como o voto no Marrocos para sediar a Copa de 2026, coronel Antônio Nunes não é bem visto na Fifa
atualizado
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O presidente da CBF, coronel Antonio Nunes, foi colocado longe do presidente da Fifa, Gianni Infantino, no camarote oficial do estádio do Spartak, em Moscou. Nunes, que vem constrangendo a CBF, deveria sentar-se ao lado do cartola máximo do futebol, conforme estabelece o protocolo da Fifa em jogos da Copa do Mundo.
Em seu lugar, foi definido que o representante brasileiro seria Fernando Sarney, vice-presidente da CBF e membro do Conselho da Fifa. Nunes ainda teve de ceder mais um lugar para Alejandro Domingues, presidente da Conmebol. Só depois é que o coronel pôde encontrar um lugar.
Dentro da Fifa e da Conmebol, sua presença é motivo de mal-estar e não são poucos os que não querem contato com o brasileiro. Infantino já chegou a sugerir seu afastamento. Na confederação sul-americana, também foi debatido entre os dirigentes uma fórmula para que ele deixasse de participar das reuniões.Mas as dificuldades são importantes para o afastar: ele é o presidente legal e não quer abrir mão de um salário mensal de R$ 75 mil até abril de 2019, quanto termina seu mandato. Nunes, que era considerado apenas como uma figura decorativa até que Rogério Caboclo assumisse em 2019, acabou se transformando em um problema para a CBF. Ele assumiu a presidência no lugar de Marco Polo Del Nero, banido do futebol por corrupção.
Mas, em Moscou, causou uma série de constrangimentos. O primeiro deles foi seu voto para o Marrocos, na disputa sobre quem receberia a Copa de 2026. O acordo na América do Sul era de que todos votariam pela América do Norte, na candidatura conjunta de Estados Unidos, Canadá e México.
Se não bastasse, um de seus assessores, Gilberto Batista, se envolveu em uma briga com um torcedor e acabou sendo enviado de volta ao Brasil. Ao lado de Infantino, além de Sarney a sua direita, estava na ao lado esquerdo Dmitry Medvedev, primeiro-ministro da Rússia.