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Premier League tem colocado seus técnicos na “dança das cadeiras”

Antes uma liga caracterizada pela estabilidade, agora, comandantes convivem com cada vez mais pressão por bons resultados imediatos

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Chris Brunskill/Fantasista/Getty Images
Tottenham Hotspur v Arsenal FC – Premier League
1 de 1 Tottenham Hotspur v Arsenal FC – Premier League - Foto: Chris Brunskill/Fantasista/Getty Images

Alex Ferguson ficou 27 anos à frente do comando do Manchester United. Arsène Wenger, 22 anos como técnico do Arsenal. No entanto, os anos de estabilidade na tão admirada Premier League parecem ter ficado para trás.

Nessa terça-feira (19/11/2019), o Tottenham Hotspur anunciou a demissão do técnico Mauricio Pochettino. Após 12 rodadas, o técnico argentino deixa a equipe na 14ª posição, com três vitórias, cinco empates e quatro derrotas.

Na Champions League, apesar de o time estar em segundo no Grupo B e com a classificação encaminhada, a derrota para o Bayern de Munique por 7 x 2, em casa, deixou uma má impressão difícil de apagar.

Apesar dos maus resultados e do fraco futebol, Mauricio Pochettino é o responsável por comandar o Tottenham aos seus melhores resultados em recente memória. Na temporada 2016-17, o clube foi o vice-campeão da Premier League, melhor resultado dos Spurs desde a temporada 1962-1963.

Além disso, com Pochettino, o clube se classificou para três Champions League seguidas, algo também inédito, chegando à final na última temporada, quando perdeu para o Liverpool.

O retrospecto positivo não foi suficiente, algo que também encontra precedente na história recente do futebol inglês. O exemplo mais famoso é o de Claudio Ranieri. O italiano comandou um verdadeiro milagre na temporada 2015-16, quando comandou o modesto Leicester ao título inglês e, na temporada seguinte, após um começo vacilante, foi demitido sem cerimônias.

Nem Guardiola parece estar à prova da degola. Mesmo sendo reverenciado como um dos melhores e mais revolucionários técnicos dos últimos anos e ter vencido duas Premier League seguidas, a distância criada pelo Liverpool e as chances diminutas de ganhar um terceiro caneco consecutivo devem ter irritado o xeque Mansour e pressionado o técnico catalão, que já considera um retorno ao Bayern de Munique.

Outro membro do Big Six que deve participar em breve da dança das cadeiras é Unai Emery, do Arsenal. Além dos resultados ruins e do futebol não convincente, há relatos de que o francês perdeu o controle do vestiário e que os jogadores têm dificuldade de entendê-lo. Segundo o The Mirror, o clube já teria dado um ultimato a Emery para que os resultados em campo melhorem.

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