Polícia fecha inquérito de incêndio no Flamengo: 8 indiciamentos
A investigação remetida ao MP no ano passado apontava oito culpados. Entre os indiciados está Eduardo Bandeira, ex-presidente do clube
atualizado
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A Polícia Civil do Rio de Janeiro, remeteu ao Ministério Público do estado a conclusão do inquérito aberto em fevereiro do ano passado para investigar as causas e os culpados pelo incêndio no Ninho do Urubu, e manteve os oito indiciamentos apontados ainda em junho. A tragédia no CT do Flamengo, que neste sábado (08/02/2020) completa um ano, deixou 10 mortos e três feridos.
O inquérito, conduzido pela 42ª DP do Rio, havia sido entregue em junho, mas foi devolvido pelo MP, que requisitou novas diligências. A delegacia responsável pelo caso remeteu novamente suas conclusões ao órgão em agosto, quando advogados de alguns dos indiciados pediram novas audiências. Em dezembro, mais uma vez o relatório acabou voltando à Polícia Civil.
Agora, a investigação por parte da polícia está concluída. “A unidade (42ª DP) estava realizando apenas diligências solicitadas pelo MP, que foram concluídas e encaminhadas ao órgão”, informou a Polícia Civil nesta sexta-feira.
O inquérito remetido ao MP no ano passado apontava oito culpados e, entre os indiciados, está Eduardo Bandeira de Mello, ex-presidente do Flamengo. O ex-cartola, três funcionários do Flamengo, três engenheiros da empresa que forneceu os contêineres que incendiaram e um técnico em refrigeração foram apontados pela polícia como responsáveis por 10 homicídios com dolo eventual (quando se assume o risco de matar) e 14 tentativas de homicídio (considerando o número de atletas que estavam no Ninho do Urubu e sobreviveram).
Quando foi indiciado, Bandeira de Mello se disse “surpreendido”, mas afirmou que estava com a “consciência absolutamente tranquila” e que confiava na Justiça.