Polícia espanhola prende suspeitos de pendurar boneco enforcado de Vini Jr.
De acordo com a polícia, os suspeitos de terem feito o boneco de Vinicius Júnior têm entre 19 e 24 anos
atualizado
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A Polícia Nacional da Espanha divulgou imagens de quatro pessoas presas suspeitas de pendurar um boneco do atacante brasileiro Vinicius Júnior em uma ponte, como se ele estivesse sendo enforcado. O jogador do Real Madrid vem sofrendo seguidos ataques racistas em território espanhol.
“Eles têm 19, 21, 23 e 24 anos. Vários foram identificados durante partidas de alto risco em dispositivos da Polícia para a prevenção da violência no esporte”, postou o órgão em uma rede social.
Um dos presos, inclusive, teria passagem por lesão corporal, segundo a polícia. Clique aqui para ver o vídeo da prisão dos suspeitos.
Torcedores do Atlético de Madrid penduraram pelo pescoço um boneco com a camisa do atacante do Real. O caso ocorreu em janeiro deste ano, na véspera do confronto entre Atlético e Real pela Copa do Rei.
O boneco foi pendurado em uma ponte próxima ao centro de treinamentos do Real Madrid. Havia ainda uma faixa com a frase “Madrid odia al Real” (Madri odeia o Real, como se a cidade odiasse o time de Vini).
O último caso
No último domingo (21/5), mais um caso de racismo contra Vinicius Júnior aconteceu no estádio Mestala, no jogo contra o Valencia. A partida chegou a ser paralisada por cerca de oito minutos no 2º tempo por causa de gritos de “macaco” em direção ao brasileiro. Ele escreveu nas redes sociais a denúncia da perseguição, sem que a Liga Espanhol de Futebol (La Liga) fizesse algo para impedir isso.
Apesar de ao menos 10 denúncias de racismo contra o atleta já terem sido formalizadas nesta temporada, o episódio desse fim de semana causou grande repercussão no governo brasileiro, a ponto de o Ministério Público da Espanha ser acionado.
O próprio Real Madrid se pronunciou oficialmente depois que o atacante Vinícius Júnior sofreu mais um episódio de racismo na Espanha. Na segunda-feira (22/5), o Real , por meio de uma nota oficial, formalizou denúncia por crime de ódio à Procuradoria-Geral do Estado.