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Polícia Civil faz operação na alta cúpula da arbitragem carioca

O ex-presidente da Comissão de Arbitragem do Rio Jorge Rabello é um dos investigados e suspeito de liderar o esquema de corrupção

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1 de 1 jorge_rabello_ferj - Foto: Reprodução/SporTV

A Polícia Civil do Rio de Janeiro realizou na manhã desta quarta-feira (18/12/2019) a Operação Cartão Vermelho. A ação cumpriu 13 mandados de busca e apreensão em endereços relacionados à cúpula da arbitragem carioca. Os suspeitos são investigados por crimes de organização criminosa, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. Todos os investigados tiveram quebrados os sigilos bancário e fiscal.

Por meio de nota, a assessoria de imprensa da Polícia Civil informou que os mandados foram cumpridos nas residências do “presidente do Sindicato de Árbitros do Estado do Rio de Janeiro, do presidente da Cooperativa dos Árbitros de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (COOPAFERJ), de integrantes das duas entidades, além das sedes dos órgãos e da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ)”.

O ex-presidente da Comissão de Arbitragem do Rio Jorge Rabello é um dos investigados e suspeito de liderar o esquema de corrupção. Ele foi preso por posse ilegal de arma de fogo. Na busca em seu apartamento no Recreio dos Bandeirantes foram apreendidos documentos, computadores e um revólver calibre 38. Outros suspeitos são Messias José Pereira, ex-presidente da Coopaferj, e Sérgio Mantovani Cerqueira, ex-contador da cooperativa. O principal indicativo de corrupção foi a evolução patrimonial incompatível com suas funções.

A ação foi realizada pela Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol), por meio do Departamento Geral de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e a Lavagem de Dinheiro (DGCOR), em conjunto com a 25ª PIP do Ministério Publico Estadual (MP-RJ). A suspeita é de desvio de dinheiro das entidades relacionadas ao futebol e a utilização da COOPAFERJ. O órgão seria responsável por arrecadar dinheiro para os dirigentes, sem nenhuma contraprestação ou transparência nas contas.

Em nota, a Ferj informou que “recebeu as autoridades em sua sede, facilitando e franqueando todas as dependências para o que se fizesse necessário ao cumprimento do citado mandado (de busca e apreensão), realizado de forma clara, imparcial, pacífica e rigorosa”, e ressaltou que “não faz parte de sindicatos ou cooperativas”.

“Cumpre-nos ressaltar que a FERJ preza por total transparência e lisura em seus procedimentos, repudia atos ilegais, pugna por correção, não faz parte de sindicatos ou cooperativas, não possui qualquer ingerência em relação a estes e coloca-se à disposição das autoridades para quaisquer esclarecimentos que permitam a busca da verdade e da justiça, na distinção e preservação da integridade de pessoas e instituições e punições de culpados”, diz a nota da entidade.

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