Petraglia defende torcida única em todo o Brasil e afronta Santos
Segundo o dirigente, a articulação estaria ocorrendo dentro do próprio Ministério Público Federal para que modelo seja adotado
atualizado
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“Nós brigamos pela torcida única. Não tem mais condições, é um custo absurdo para a sociedade e para os clubes. Infelizmente, me parece que em função dos últimos acontecimentos, com a violência pior, o Ministério Público Federal está tentando um movimento para que tenhamos torcida única no Brasil todo”, disse, sem dar maiores detalhes sobre a suposta mobilização. “Acho que haverá torcida única muito rapidamente para o país inteiro”, pontuou.
A relação do Athletico com seus torcedores organizados vem sendo assunto há algumas semanas. No dia 14 de junho, o clube proibiu o uso de adereços de torcidas organizadas, seja da casa ou visitante, na Arena da Baixada. A proibição inclui faixas, bandeiras, instrumentos de percussão e similares. Na mesma semana, o clássico contra o Coritiba foi disputado com torcida única, a pedido da diretoria athleticana, que solicitou à Federação Paranaense que a medida seja adotada em todos os Atletibas daqui para frente.
Durante a coletiva desta segunda, Petraglia afirmou ter proposto um acordo com a “Fanáticos”, organizada do clube. O dirigente prometeu liberar o uso de adereços no estádio rubro-negro desde que os torcedores aceitem não viajar mais para outras cidades quando o time tiver partidas fora de casa.
“Se eles prometerem não viajar mais, não fazer essas excursões malucas… Nossa imagem fica realmente maculada. Vamos propor: a gente libera tudo aqui, com bateria, faixas, caveiras, adereços todos, com a condição de que eles não façam mais excursões para fora de Curitiba. O Atletiba, já estamos conversando, será de torcida única no ano que vem. Tem uma conversa com a Federação Paranaense muito avançada neste sentido, mas nada aprovado, nada sacramentado”, disse.
“Nós queremos antecipar isso com a Fanáticos. Vamos passar a torcida única deles, eles que façam a festa deles em casa, que não se preocupem em gastar para viajar. Não sei o que essa gente faz, não me compete, mas viajam para Caxias do Sul no meio de semana, vão lá brigar. Somos contra a violência, a favor da paz nos estádios. Não queremos que as famílias tenham medo. Com a proibição, tivemos ameaças: ‘vamos invadir, quebrar tudo’. As redes sociais apavoram as pessoas . Tivemos baixa de renda, de público, por causa dessas ameaças. Atrapalha o espetáculo, é uma situação terrível”, completou.
Santos e Daniel Alves
Além de defender a torcida única, Petraglia falou sobre outros assuntos. Quando Fernandinho foi questionado sobre a razão de ter escolhido o Athletico-PR em meio a propostas de outros clubes, o presidente athleticano citou a situação de times rivais, chamou o Santos de ‘quebrado’ e afirmou que o projeto do Athletico é o maior do futebol brasileiro.
“Fernandinho optou por um clube grande e pelo projeto do Athletico. Eu prometo coisas e sou alvo de risos. Os dois gaúchos estão endividados, problema deles, não tenho nada a ver com isso. No Paraná, vocês já conhecem. Santa Catarina não tem representatividade. Em São Paulo, o Athletico passou o Santos de trator. O que significam perto do Athletico? Santos está quebrado. Corinthians e São Paulo baixaram teto porque estão com problemas. Só o Palmeiras mantém, pelo mecenas que tem. A Leila quer ser campeã do mundo porque é uma piada. Não há projeto maior que o nosso no Brasil. Verão que não é uma falácia o que estou dizendo. É uma realidade. O tempo é o senhor da razão”, disse.
Outro tema abordado pelo dirigente foi a possível contratação de Daniel Alves. Petraglia admitiu o interesse em contratar o experiente lateral-direito, sem clube desde que deixou o Barcelona, mas disse que a possibilidade de trazê-lo é baixa. “O sonho dele é ser convocado outra vez para a seleção, quer levantar a taça, ser o capitão. O primeiro passo, ele precisa jogar em um clube de altíssimo rendimento. Estamos competindo em três campeonatos seríssimos: Copa do Brasil, Libertadores e Brasileiro. Acho muito difícil, pelas ofertas que ele tem. Diria que é zero? Não. Mas é muito próximo disso”, comentou.