Passaporte de Ronaldinho tem número de outra pessoa, diz promotor
Federico Delfino prestou os primeiros esclarecimentos sobre detenção do brasileiro na manhã desta quinta-feira em entrevista coletiva
atualizado
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O promotor Federico Delfino, que pertence ao combate ao crime organizado em Assunção, concedeu entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira (05/03) para esclarecer pontos sobre a detenção de Ronaldinho Gaúcho e seu irmão, Roberto Assis, flagrados com passaporte falso no Paraguai.
De acordo com Delfino, os documentos são originais, mas os números não são compatíveis.
“Se checou a documentação, que chamou a atenção. Verificamos que os números de passaporte pertencem a outras pessoas. São passaportes originais, mas com dados apócrifos. Esses passaportes foram tirados em janeiro deste ano”, explicou Federico Delfino.
Ainda de acordo com o promotor, Ronaldinho e seu irmão devem ter recebido os passaportes em uma sala VIP do aeroporto em Assunção, já que saíram do Brasil apresentando documentos nacionais.
Sem requisito para ser paraguaio
“Eles não fizeram nenhum processo para obter a nacionalidade paraguaia. Disse que foi um presente das pessoas que o trouxeram ao país. Segundo entendemos, fizeram a imigração paraguaia com este documento, mas saíram do Brasil com documentação brasileira”, afirmou Delfino.
Ronaldinho Gaúcho e Roberto Assis acusam o empresário Wilmondes Sousa Lira pela confusão com os passaportes. De acordo com o comissário Gilberto Fleitas, diretor de Investigação de Fatos Puníveis da Polícia Nacional, o agente apontado pelos irmãos como culpado reside em Brasília e está detido para prestar esclarecimentos.