Nos pênaltis, Sobradinho vence Brasiliense e fatura o Candangão 2018
Após vencer por 1 x 0 no tempo normal e levar a decisão para as penalidades, o Leão da Serra superou o Jacaré por 4 x 3
atualizado
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A festa incomum nos arredores do estádio Mané Garrincha, com fogos de artifício, demonstrava a peculiaridade do duelo deste sábado (7/4). Dentro, Brasiliense e Sobradinho disputaram o segundo jogo da final do Candangão 2018. O leão da Serra bateu o Jacaré, atual campeão, nos pênaltis, e ficou com o título desta temporada. A última conquista do alvinegro havia sido em 1986, há 32 anos.
O Sobradinho não estava entre os favoritos apontados na pré-temporada. Gama e Ceilândia, dois dos bem cotados, ficaram pelo caminho. “É muito gratificante. Sobradinho merece isso”, comemorou o herói das penalidades, o goleiro Michael, que defendeu três delas. O zagueiro Rambo marcou o último pênalti batido.
Pelo lado do Brasiliense, falou o lateral-esquerdo Gerson: “Fomos até o final, onde deu. Mas estamos juntos, tem a Série D aí”. No próximo dia 22, a equipe visita o Dom Bosco (MT) na primeira rodada da Quarta Divisão do Campeonato Brasileiro.
A dimensão do duelo deixou jogadores dos dois lados ansiosos. Eles cometeram incontáveis erros nos minutos iniciais. O Brasiliense tinha a vantagem da vitória (1 x 0) no primeiro encontro entre os times. Portanto, o Sobradinho tentou a postura de um rolo compressor.
O cenário poderia mudar completamente aos sete minutos, quando o árbitro Rafael Diniz viu pênalti de Welton Felipe em Mirandinha. O técnico Victor Santana comemorou, nervoso. Abaixou e pegou um copo. Edmar Sucuri deu um banho de água fria no treinador. O goleiro voou e abraçou a bola batida por Michel Platini, sem rebote, sem nada.
Nunes poderia ter feito o nono gol no Candangão, aos 26 minutos. O atacante “venceu” o goleiro Michael e a bola ia entrando, quando Filipe Cirne, impedido, completou. A irregularidade foi marcada, e o Jacaré deixou de marcar o primeiro.
O tempo passou, ambos acertaram a trave do adversário, e os zeros não saíram do placar nos primeiros 45 minutos.
Gol-relâmpago
A bola mal rolou no segundo tempo, entretanto, e o Sobradinho conseguiu ficar à frente. Aos 34 segundos João Manoel completou cruzamento rasteiro de Mirandinha e deixou, momentaneamente, a decisão do campeão para os pênaltis.
Com o momento pouco criativo do Brasiliense, Ailton Ferraz tirou Patrick e mandou a campo o ousado Luquinhas. Zizu entrou no lugar de Filipe Cirne. O tira-teima nos pênaltis se aproximava, e ninguém conseguia evitar. Um lance perigoso aqui, outro ali, mas os clubes não queriam se arriscar. Quatro minutos de acréscimos depois, o tempo regular terminou.
Pênaltis
Reinaldo foi o primeiro a bater, no gol virado para o Eixo Monumental, e Michael defendeu. Michel Platini fez 1 x 0, e pôs o Sobradinho à frente. Em seguida, o goleiro do Leão da Serra impediu outros dois tentos, de Radamés e Zizu.
O zagueiro Rambo foi incumbido de dar o título ao Sobradinho. Ele bateu no canto de Edmar Sucuri e pôs fim ao jejum de mais de três décadas.
Ficha técnica:
BRASILIENSE (0) (3)
Edmar Sucuri; Patrick (Luquinhas), Welton Felipe, Wallace e Gerson; Radamés, Gabriel e Souza (Aldo); Reinaldo, Filipe Cirne (Zizu) e Nunes
Técnico: Ailton Ferraz
SOBRADINHO (1) (4)
Michael; Luan, Igor, Rambo e Dionatan; Dias, Gabriel (Rafael), Geovane e João Manoel (Thiago Bispo); Michel Platini e Mirandinha (Wudson)
Técnico: Victor Santana
Gols: João Manoel, aos 34 segundos do segundo tempo
Cartões amarelos: Gerson, Nunes e Luquinhas (Brasiliense); João Manoel, Michel Platini, Gabriel, Dias e Luan (Sobradinho)
Árbitro: Rafael Diniz
Estádio: Mané Garrincha
Público: 5.016 presentes
Renda: R$ 34.320
Pênaltis:
Brasiliense
Reinaldo X
Aldo O
Wallace O
Radamés X
Nunes O
Zizu X
Sobradinho
Platini O
Thiago Bispo X
Igor X
Wudson O
Rafael O
Rambo O