Neymar, Cavani, Agüero: veja quem lidera boicote à Copa América
Estrelas do futebol sul-americano se colocaram contra a participação e até mesmo a realização da competição no Brasil
atualizado
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Na quinta-feira (3/6), o técnico Tite confirmou que jogadores da Seleção Brasileira tiveram uma reunião com a alta cúpula da CBF. O motivo: a participação ou ausência da Copa América.
A competição teve sua sede alterada após a Conmebol retirar o torneio de Colômbia e Argentina. Mas assim como os jogadores do Brasil, outros líderes e ex-jogadores de suas seleções se colocaram contra a realização do certame sul-americano.
Veja os principais insurgentes que lideram suas seleções e questionam a manutenção do campeonato:
Cavani
O uruguaio foi o primeiro a insurgir contra o torneio. O camisa nove da celeste manifestou-se contra a competição quando a Copa América ainda tinha Colômbia e Argentina como sedes.
Segundo o jogador, os organizadores não pensam nos jogadores quando planejam campeonatos. E que em primeiro lugar deve vir a saúde dos atletas, ainda mais em um momento tão grave, decorrente da pandemia do novo coronavírus. “Não pensam na nossa saúde, dos jogadores de futebol. E nem na quantidade de partidas que se amontam”, disse o jogador em maio, em entrevista ao El Tiempo.
O centroavante do Manchester United ficou de fora da lista para os jogos das Eliminatórias e não disputará a Copa América. O Uruguai está no grupo A e estrei na sexta-feira (18/6), contra a Argentina, em partida marcada para o Mané Garrincha.
Aguero
O argentino chegou à Argentina para a disputa dos jogos das Eliminatórias. O novo jogador do Barcelona foi a favor da retirada da competição de seu país, mas também não vê com bons olhos a disputa no Brasil.
Neymar
O brasileiro está entre os líderes da Seleção Brasileira que se reuniram com a diretoria da CBF e pediram para não disputar a competição. Além do atacante do PSG, Marquinhos, Danilo, Alisson e Casemiro lideram a conversa.
Os jogadores alegam que não foram informados da mudança de sede por parte da entidade e que isso poderia passar uma imagem de insensibilidade dos atletas perante os torcedores brasileiros.
Assim, a chance do jogador, principal estrela da Seleção Brasileira, participar da competição é pequena. A decisão deve ocorrer apenas após a partida contra o Paraguai, na próxima terça-feira (8/6).
O Brasil fará o jogo de abertura da Copa América, no dia 13 de junho, no Mané Garrincha, às 18h.
Chilavert
O ex-goleiro do Paraguai também se manifestou de forma dura contra a realização da Copa América. Segundo o ex-arqueiro, a manutenção da competição “é uma aberração”.
“É uma loucura, uma aberração fazer uma Copa América neste momento. E pior ainda no Brasil, o país que todos sabemos como está na pandemia. O país com a pior situação sanitária, com mais casos (de coronavírus) na região. Os jogadores, se têm coragem e personalidade, deveriam dizer não à Copa América e pedir que ela seja realizada mais para frente”, disse. “As crianças não vão à escola, nem todos os idosos e pessoas de risco já foram vacinados, e, mesmo assim, se está defendendo a realização do evento. Continua o pão e circo e isso não é bom. Se algum jogador for infectado, voltará para casa e poderá infectar a família, além de poder ficar com sequelas e não poder mais jogar. Quem se responsabiliza por este perigo?”, disse Chilavert.
O Paraguai está no grupo A e tem estreia prevista para segunda-feira (14/6), contra a Bolívia, em Goiânia.