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“Não estamos tão atrasados’, diz Parreira sobre técnicos brasileiros

A afirmação foi dada nesta quarta-feira durante a Brasil Futebol Expo, feira de negócios e educação promovida pela CBF em São Paulo

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1 de 1 Imagem colorida de Carlos Alberto Parreira na Seleção - Metrópoles - Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

O técnico Carlos Alberto Parreira, campeão do mundo com a Seleção Brasileira em 1994, saiu em defesa dos treinamentos brasileiros na comparação com os estrangeiros. Hoje, os dois líderes do Campeonato Brasileiro são dirigidos por um português (Jorge Jesus, que comanda o Flamengo) e por um argentino (Jorge Sampaoli, treinador do Santos).

“Nós não estamos tão atrasados quanto possa parecer. As dificuldades são grandes. O Jesus disse que é o campeonato mais difícil do mundo. Ele tem razão”, afirmou o ex-técnico da seleção.

A afirmação de Parreira foi dada nesta quarta-feira durante a Brasil Futebol Expo, feira de negócios e educação promovida pela CBF em São Paulo. Parreira participou de uma das plenárias mais concorridas do evento ao lado do sérvio Bora Milutinovic, que dirigiu cinco países diferentes em Copas. Juntos, os dois acumulam participações em 10 Mundiais.

“Mercado tem de ser aberto. Não pode ser restrito aos técnicos brasileiros. A gente ganha muito quando vem um técnico de fora, que traz experiência e ideias novas. Tem de ser compartilhado. Temos a nossa escola e é importante o contraponto. Não é só no Brasil. As principais equipes do futebol inglês não são dirigidas por técnicos ingleses. Isso não deprecia os técnicos locais”, argumentou o treinador.

O sérvio fez questão de lembrar as vezes em que encontrou a seleção. Na Copa de 1990, quando dirigiu a Costa Rica; em 1994 (pelos Estados Unidos, derrotado nas oitavas de final pela equipe de Parreira) e em 2002 (pela China, na primeira fase). “Por favor, não peçam autógrafos aos brasileiros. Vamos jogar contra eles”, relembrou o treinador sobre o pedido que fez aos jogadores da Costa Rica antes do duelo contra a seleção brasileira na primeira fase do Mundial 1990, em Itália.

Os painéis desta quinta-feira do evento da CBF vão debater o marketing esportivo. Entre os estrangeiros estão confirmados Jérôme de Chaunac, diretor geral do Paris Saint-Germain nas Américas, e Ralf Rangnick, diretor global técnico da Red Bull.

Já na sexta-feira, as discussões serão sobre as questões técnicas do futebol. Participarão a técnica sueca Pia Sundhage (seleção feminina); os treinadores Mano Menezes (Palmeiras) e Antônio Carlos Zago (Red Bull Brasil); os técnicos André Jardine e Carlos Dalla Déa, das seleções brasileiras sub-20 e sub-17, respectivamente; e Branco, coordenador de base da CBF. Outra presença importante é a de Sakis Batsilas, CEO do comitê organizador da Copa do Mundo de 2022, no Catar.

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