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“Não é grande problema”, diz CEO da Copa sobre assédio de brasileiros

Alexey Sorokin afirma desconhecer casos em que homens constrangeram russas ao pedir a elas para repetir frases de cunho sexual

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Michael Regan – FIFA/FIFA via Getty Images
Final Draw for the 2018 FIFA World Cup Russia – Previews
1 de 1 Final Draw for the 2018 FIFA World Cup Russia – Previews - Foto: Michael Regan – FIFA/FIFA via Getty Images

CEO da Copa do Mundo da Rússia, Alexey Sorokin disse que não tem conhecimento sobre os episódios de assédio cometidos por brasileiros durante o Mundial de 2018. “Desconheço esses casos, esses incidentes”, respondeu o cartola russo durante a primeira coletiva de imprensa concedida pela Fifa desde o início da competição, nesta sexta-feira (29/6).

Sorokin ainda minimizou os acontecimentos. “Não acho que isso seja um problema enorme, não ocorreu tanto”, afirmou. Na sequência, o CEO da Copa tentou mudar o tom da sua resposta e disse esperar que “todos tenham respeito, sem distinção entre homens, mulheres, crianças. Cortesia é uma conduta básica. Em caso de condutas criminais, tomaremos medidas de acordo com as autoridades. Se quebrar as leis, vão responder por isso”, avisou.

Na primeira semana de disputa do Mundial, vídeos de torcedores brasileiros e de outros países latinos explodiram nas redes sociais e em grupos de WhattsApp. O modo de agir foi basicamente da mesma forma: homens constrangendo mulheres russas, pedindo para que elas repetissem frases de cunho sexual.

Em entrevista concedida ao jornal Estado de S. Paulo na semana passada, a jurista e ativista Alena Popova disse que deseja usar os incidentes de assédio na Copa para pressionar por mudanças na legislação do país. Ela ainda elogiou o comportamento da opinião pública brasileira, que se mostrou indignada com a atitude dos torcedores de assediaram mulheres durante o torneio.

“Isso é proibido, de acordo com a nossa lei. Temos dois artigos incluídos em nossos códigos administrativos sobre hooliganismo. É sobre humilhação, honra e dignidade de uma pessoa, em termos de raça, gênero. E foi como um “uau, o que está ocorrendo?”. Então criei uma petição, com a ajuda da change.org. Graças aos cidadãos do Brasil que apoiaram – traduzimos para inglês e português –, em duas horas tínhamos mais de 5 mil assinaturas. E fiquei muito satisfeita”, disse  Popova.

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