Na volta a São Januário, Vasco bate São Paulo e segue ascensão
Comandados de Vanderlei Luxemburgo atuam por mais de um tempo com um a mais e fazem as pazes com a torcida depois de goleada para o Flamengo
atualizado
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O Vasco não tomou conhecimento da boa fase vivida pelo São Paulo e derrubou o rival paulista neste domingo (25/08/2019), diante de sua torcida. Jogando em São Januário, a equipe carioca derrotou o time comandado por Cuca por 2 x 0, pela 16ª rodada do Campeonato Brasileiro e pôs fim a uma invencibilidade de nove jogos da equipe paulista eram cinco vitórias consecutivas.
Talles e Fellipe Bastos marcaram os gols da vitória vascaína no segundo tempo. O confronto teve um lance polêmico envolvendo a intervenção do VAR, depois que o são-paulino Raniel foi expulso, ainda na etapa inicial.
Com a derrota, o São Paulo estaciona nos 30 pontos, por ora, na quarta colocação. A distância para o líder Santos, que empatou com o Fortaleza na Vila Belmiro, aumentou para três pontos. O Vasco segue em recuperação na competição depois da chegada do técnico Vanderlei Luxemburgo. Sobe para 20 pontos e se afasta ainda mais da zona do rebaixamento.
Na 17ª rodada, o São Paulo busca a reabilitação contra o Grêmio, sábado (31/08/2019), 11h, no Morumbi. Já o Vasco encara o Cruzeiro, domingo (01/09/2019), 19h, no Mineirão.
O jogo
São Paulo e Vasco fizeram um primeiro tempo com poucas chances de gols e o time carioca exercendo forte marcação sobre o paulista, já no seu campo de ataque. A pressão na marcação deu resultado e a equipe da casa teve duas chances ainda no início, primeiro com Marrony, depois com Raul.
Emoção apenas nos minutos finais, com a expulsão de um jogador do São Paulo e uma chance de gol para cada time. Aos 35, o atacante Raniel foi excluído do jogo, em um lance polêmico e que teve a intervenção do árbitro de vídeo. Na jogada, Raniel acertou a chuteira na cabeça do vascaíno Richard. O árbitro de campo, Anderson Daronco, foi chamado pelo VAR e, durante três minutos, analisou a imagem e conversou com seus pares de monitor até decidir pela expulsão.
Ainda reclamando da expulsão, o São Paulo criou a sua primeira chance apenas aos 44 minutos. Everton recebeu passe de Daniel Alves e chutou rasteiro no canto esquerdo, obrigando Fernando Miguel a fazer boa defesa. A resposta do Vasco aconteceu aos 48: Talles recebeu livre dentro da área e chutou com perigo sobre o gol de Volpi.
No início do segundo tempo, o Vasco se aproveitou da vantagem numérica em campo e abriu o placar. Aos 11, após cobrança de escanteio, Castán desviou de cabeça e a bola chegou até Talles, que dominou e acertou o canto direito de Volpi.
Após o gol, a situação do São Paulo se complicou ainda mais, depois que o atacante Antony deixou o gramado machucado. Em desvantagem, o time de Cuca se lançou ao ataque. O Vasco recuou, tentou manter a posse de bola para evitar ser pressionado, e saiu com perigo nos contra-ataques nas chances que teve.
Aos 35, o Vasco ampliou o placar. Danilo Barcelos cruzou da esquerda e Fellipe Bastos, livre de marcação, completou de primeira no canto direito de Volpi, que no lance anterior, já havia salvado um chute de Talles.
O segundo gol teve a participação direta de dois jogadores que entraram em campo após substituições feitas por Vanderlei Luxemburgo. Após o gol, o treinador teve o nome gritado pela torcida vascaína.
Gritos homofóbicos
Apesar da bonita festa promovida pela torcida vascaína, a partida também teve uma nota triste: durante o segundo tempo, parte dos torcedores passaram a entoar cânticos homofóbicos. Por conta disso, o árbitro Anderson Daronco chegou a paralisar o jogo e conversar com alguns jogadores em campo. Fora das quatro linhas, o técnico Vanderlei Luxemburgo pediu que a torcida parasse com os gritos, sendo prontamente atendido. Atitude semelhante teve o lateral-direito Yago Pikachu, que também reprovou as músicas cantadas por parte da torcida cruzmaltina.