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MPF deve investigar Corinthians por suposto pagamento de propina a juiz

O Ministério pediu autorização da Justiça para abrir inquérito para apurar se o pagou ao juiz Safi de Melo para obter levantamento de alvará

atualizado

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Rodrigo Coca/Agência Corinthians
Andrés Sanchez Corinthians
1 de 1 Andrés Sanchez Corinthians - Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians

O Ministério Público Federal (MPF) pediu autorização da Justiça para abrir inquérito para apurar se o Corinthians pagou propinas ao juiz Leonardo Safi de Melo, da 21ª Vara Cível Federal em São Paulo, para obter levantamento de alvará em 2018.

O pedido foi feito nos autos da denúncia apresentada pela Procuradoria contra o magistrado nesta segunda (3/8), por corrupção passiva, peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

O “Caso Corinthians”, como descrito pelos procuradores no documento, está entre os pelo menos 18 processos em que foram encontrados indícios da atuação de uma organização criminosa, comandada pelo juiz, para venda de decisões e sentenças na Vara Federal.

De acordo com o Ministério Público Federal, o advogado contratado pelo clube, Juliano Di Pietro, o diretor jurídico do Corinthians, Fabio Souza Trubilhano e seu presidente e vice-presidente, Andrés Navarro Sanchez e Alexandre Husni, foram ouvidos nas investigações preliminares. Todos confirmaram ter recebido pedidos de propinas, mas apenas Husni admitiu o pagamento em troca do levantamento de débitos tributários da agremiação.

“Juiz dos ingleses”

Leonardo Safi de Melo, que chegou a ser preso na Operação Westminster, está em liberdade monitorada. Segundo a Procuradoria, ele escolhia processos milionários, usava intermediários para se aproximar de uma das partes da ação e pedia uma ‘comissão’ para expedir precatórios.

Além do magistrado, o Ministério Público Federal denunciou o diretor da 21ª Vara Cível Federal em São Paulo, Divannir Ribeiro Barile, apontado com seu braço direito no esquema, o perito Tadeu Rodrigues Jordan que, segundo os investigadores, era escalado para analisar processos e tinha parte da remuneração desviada, e as advogadas Deise Mendroni de Menezes e Clarice Mendroni Cavalieri, que ajudariam a lavar o dinheiro através da simulação de contratos de prestação de serviços.

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