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Motor da Seleção, Marcelo é quem tem sido mais importante na Copa

Ele é o jogador que mais tocou na bola na soma das partidas contra Suíça e Costa Rica, com índice de aproveitamento bastante alto

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Buda Mendes/Getty Images
Marcelo Brasil
1 de 1 Marcelo Brasil - Foto: Buda Mendes/Getty Images

Philippe Coutinho foi o destaque da Seleção Brasileira nos dois primeiros jogos da Copa do Mundo da Rússia com dois gols. No entanto, o lateral-esquerdo Marcelo teve participação, se não decisiva, muito importante para a equipe. Ele é o jogador que mais tocou na bola na soma das partidas contra Suíça e Costa Rica, com índice de aproveitamento bastante alto.

De acordo com as estatísticas da Fifa, o jogador do Real Madrid deu 240 toques na bola e foi o terceiro mais ativo neste quesito nas duas primeiras rodadas do Mundial — curiosamente, os dois primeiros são seus companheiros de clube: o espanhol Isco (261) e o alemão Toni Kroos (242). Teve 86,24% de acerto, ou seja, passes e lançamentos corretos. Contra a Suíça, completou 63 dos 79 passes que tentou (80%). Diante da Costa Rica, foi quem arriscou mais passes, 110, com 98 completados (89%).

A habilidade e a visão de jogo de Marcelo acabaram por torná-lo um dos mais importantes jogadores da Seleção do técnico Tite. Sua força ofensiva e a capacidade de descobrir espaços no campo o transformaram quase em um meia, um apoiador. E nas duas partidas da Copa do Mundo, em vários momentos em que o jogo estava difícil e os adversários com a defesa fechada, Marcelo foi acionado para organizar a jogada.

Tite nunca escondeu a admiração pelo futebol de Marcelo. O treinador, inclusive, admitiu que chegou a cogitar a possibilidade de escalar o jogador no meio de campo, mas a falta de tempo disponível para ensaiar esse tipo de formação o impediu de testar Marcelo em outra posição fora da lateral esquerda. “Ele tem uma capacidade criativa impressionante. Os recursos técnicos que ele tem, o pensar rápido, o tornam um jogador fora dos padrões técnicos normais”, já disse o treinador.

Na estreia da Seleção na Copa do Mundo contra a Suíça, o treinador deu a Marcelo a tarja de capitão. Justificou a escolha dizendo que o jogador, além de ser experiente e ter o carinho do grupo, representava uma liderança técnica. Marcelo é um dos remanescentes do Mundial de 2014 convocados por Tite — os demais são Neymar, Paulinho, Willian, Thiago Silva e Fernandinho.

Tite está convicto de que Marcelo pode ser a solução para a Seleção em situações críticas, mesmo o time contando com jogadores do quilate de Neymar, Gabriel Jesus e Philippe Coutinho. Por isso, na partida amistosa contra a Croácia, antes da Copa do Mundo, em Liverpool, o técnico escalou uma formação destinada a liberar totalmente os avanços do lateral-esquerdo: colocou Fernandinho como volante com a missão de cobrir as subidas de Marcelo.

Naquela ocasião, o esquema não deu certo. Mas Tite ainda não desistiu totalmente dessa opção. E, independentemente dela, quer Marcelo apoiando o ataque e organizando jogadas, pela lateral e pelo meio também. Assim, inclusive, deve ser nesta quarta-feira (27/6) contra a Sérvia.

Marcelo sente-se à vontade para colaborar. Seja qual for o esquema. “Temos de fazer o que o professor acha melhor, o que ele pedir a gente vai se adaptar, sem problema de posicionamento”, entendeu. E garante estar tranquilo e pronto para a missão de “organizar” o jogo brasileiro quando for preciso.

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