Morte de Maradona: investigação vai apurar se houve negligência médica
Após o recolhimento dos testemunhos das pessoas que estiveram com o ex-jogador nas suas últimas horas, foram encontradas contradições
atualizado
Compartilhar notícia
A Justiça argentina está investigando a morte de Diego Maradona, falecido na última quarta-feira (25/11). Após o recolhimento dos testemunhos das pessoas que estiveram com o ex-jogador nas suas últimas horas, foram encontradas contradições.
De acordo com o jornal argentino Clarín, o enfermeiro Ricardo disse às autoridades que seu turno terminou às 6h30 de quarta-feira e que, antes de sair, ele verificou que Maradona apresentava sinais vitais e respirava. Contou, também, que ele descansou a noite toda.
O próximo turno, após 6h30, seria da enfermeira Giselda, que relatou em seu depoimento que Johny Espósito, sobrinho de Maradona, havia sido a última pessoa a vê-lo com vida. No entanto, o encontro do sobrinho com o tio teria ocorrido às 23h de terça-feira (24/11). E Giselda disse ter escutado o ex-jogador se mexer no quarto por volta das 7h30.
Essas afirmações não batem com as versões iniciais de que Maradona teria ficado 12 horas sem qualquer tipo de assistência, como disse o advogado Matías Morla em suas redes sociais.
A autópsia mostrou que a lenda morreu por uma “insuficiência cardíaca aguda, congestiva e crônica”, o que gerou um acúmulo anormal de líquido no pulmão. Além disso, a morte teria sido por volta do meio-dia, como identificou a equipe forense pela temperatura do corpo do ídolo argentino.
Nessa quinta (26/11), as autoridades analisaram os depoimentos junto das chamadas de emergência e com as imagens de câmeras de segurança, na tentativa de construir o caso completo. Há a expectativa de atualizações ainda nesta sexta.