Michael, ex-Flamengo, desabafa e diz que quer voltar ao Brasil
Jogador deixou o clube no começo do ano para defender o Al-Hilal, da Arábia Saudita, e vem relatando dificuldades de adaptação
atualizado
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O atacante Michael, ex-Flamengo, afirmou que deseja voltar ao Brasil. O jogador deixou o Rubro-negro no começo do ano e vem tendo problemas de adaptação na Arábia Saudita, onde defende o Al-Hilal.
Em entrevista ao canal de Alê Oliveira, o jogador desabafou e disse que quer retornar ao futebol brasileiro. O atacante afirmou que já tem propostas, mas deseja voltar ao Flamengo.
“A verdade é uma só: quero voltar ao Brasil. Tem (dois clubes perto). Eu tenho uma promessa, se eu prometer, vou cumprir. Se eu prometo, eu cumpro. Aprendi com meu pai, você tem sua palavra. Se der, cumpra. Tenho uma promessa com o Marcos Braz, antes de eu sair (de dar prioridade ao Flamengo)”, disse o jogador.
Na entrevista, Michael contou também sobre os problemas em se adaptar à cultura da Arábia Saudita e ao ambiente no Al-Hilal.
“Lá [o país] tem sua cultura. Sou um cara muito alegre, gosto de música, gosto da resenha. Lá é um pouco diferente. Lá eu tenho que não ser eu. É realmente um trabalho. Eu chegava no Flamengo e o pessoal falava: ‘O doidinho chegou’. Chego cantando, gritando, converso com todo mundo. Aí chega lá… eu não falo inglês, não falo árabe. É difícil para mim essa adaptação. E eu sou um cara que gosta de treinar demais, então é difícil para mim”, confidenciou o jogador.
Drama pessoal
Na conversa, Michael também expôs um drama que viveu recentemente: a perda da mãe, vítima de câncer. O jogador afirmou que também quer voltar ao Brasil para ficar mais próximo do pai.
“Perdi minha mãe tem um mês. Eu estou com muita saudade dos meus irmãos, do meu pai. Parece que a gente quer ficar mais próximo dele. Foi um baque, minha mãe ficou internada 12 dias. Aí nessa hora você pensa: de que adianta o dinheiro? Eu tinha dinheiro que podia, mas não consegui salvar minha mãe”, lamentou Michael.
“E aí? Você vê que o dinheiro não é tudo. Eu levei minha mãe para o Rio, fiquei com ela dois dias antes de viajar. Ela estava boa, tomando a cervejinha dela, comendo a carninha dela. E quando eu volto é para velar minha mãe. Para mim é um baque. Não é o só o futebol em si, que lá não é tão legal. Tem a saudade da família”, complementou o atacante.
Michael foi vendido para o Al-Hilal em janeiro deste ano por cerca de R$ 45 milhões e tem contrato até 2025.