Megan Rapinoe critica Messi e CR7: “Poderiam fazer muito para combater o racismo”
Melhor jogadora do mundo também falou sobre Mbappé e seu potencial para “mudar o mundo”
atualizado
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A craque e ativista Megan Rapinoe, eleita melhor jogadora do mundo na temporada 2018/2019, pediu mais engajamento da comunidade do futebol contra o racismo em uma entrevista ao jornal L’Equipe.
Prestes a lançar sua autobiografia, a bicampeã mundial americana lamentou a omissão de astros como Messi e Cristiano Ronaldo, e depositou esperanças em Kylian Mbappé.
“Eles poderiam fazer muito se decidissem usar seu nível estupendo de popularidade para combater o racismo”, defendeu. “Não estou falando sobre usar camiseta do Black Lives Matter, estou falando sobre ir mais munfo. Espero que ele [Mbappé] compreenda o impacto que pode causar, e como essa influência pode ser formidável. Espero que ele entenda que pode mudar o mundo”.
Como exemplos de combate ao racismo, Rapinoe elogiou nomes como Lewis Hamilton, LeBron James e Naomi Osaka. “A liberdade de expressão de Lewis Hamilton é incrível, para não mencionar LeBron James, já que eles estão no centro de apostas econômicas colossais. E Naomi Osaka, que usa máscara no US Open com nomes de negros mortos pela polícia americana como Breonna Taylor e George Floyd, no meio do tênis que é tão branco”, declarou.
Eleições
A quatro dias das eleições presidenciais nos Estados Unidos, Rapinoe aproveitou para criticar Donald Trump, seu antigo desafeto, e apoiar o democrata Joe Biden.
“Ouvi dizer que alguns apoiadores de Trump podem não respeitar o veredito da eleição. Talvez o pior esteja acontecendo. Nunca se esqueça de que a liberdade está por um fio. Sabemos desde o primeiro dia que Donald Trump é um simpatizante da supremacia branca, e é racista, sexista e homofóbico. Nunca um candidato democrata apresentou um programa tão progressista. Se ele [Joe Biden] for eleito, vai se preparar para montar um sistema de saúde generalizado e um plano de assistência social. Ele está preocupado com Black Lives Matter e quer iniciar uma reforma da polícia”, afirmou.