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A cada rodada, um tipo diferente de culto. Cada estádio se transformava realmente num templo, abarrotado de fiéis, para venerar o deus do futebol argentino. Maradona não nos contou, mas teceu o último conto de realismo mágico de sua vida quando decidiu voltar a ser treinador na Argentina. E nem um grande escritor, por mais genial que fosse, poderia imaginar a epopeia derradeira de Maradona adornada por tantas reverências. Diego teve seu ato final nos gramados à frente do modesto Gimnasia, numa peregrinação cujo resultado das partidas quase nunca importou. Dios escolheu uma maneira única de se despedir, tão divina e tão terrena. Tão cheia de paixão, como haveria de ser, para que cada torcedor no país tivesse o conforto da última homenagem em vida antes do adeus.
A relação de Maradona com o futebol argentino não se resume a cores. Não é uma história pintada em celeste e branco, por mais alto que tenha elevado a bandeira do país. Também não é uma história que se limita ao azul e dourado, por maior que fosse seu amor ao Boca Juniors. Diego era o menino do bairro, aquele que dormia com a bola e estava a cada esquina brincando de ser jogador. Era o Pibe, o Pibe de Oro, com o qual praticamente todos os compatriotas se identificavam. Porque Diego, como bom argentino, vivia o futebol em seu máximo. E viveu o futebol como só ele, em uma trajetória tão repleta de luz – própria, de um craque iluminado, ou dos holofotes apontados.
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