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Má relação entre entidades do futebol se acirra em 2021

Movimentação de clubes e federações para criações de novas ligas escancara a falta de entendimento entre as partes

atualizado

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Harold Cunningham/Getty Images
FIFA
1 de 1 FIFA - Foto: Harold Cunningham/Getty Images

A notícia de que há um projeto para que países Sul-Americanos possam disputar a Liga das Nações a partir de 2024  veio à tona na última sexta-feira (17/4). O fato é mais uma amostra da insatisfação de diferentes entidades do futebol entre si, sejam Federações, Confederações, clubes e a Fifa.

A movimentação entre Uefa e Conmebol, que representam a Europa e a América do Sul respectivamente, seria uma resposta à tentativa da Fifa de aumentar a frequência da Copa do Mundo, com um intervalo de dois anos para cada edição.

Em outra reunião realizada recentemente, o Comitê Olímpico Internacional demonstrou sua preocupação com os impactos que este novo formato traria para o calendário de outros eventos, como as Olimpíadas. O presidente da Fifa, Gianni Infantino, minimizou o lobby que vem fazendo para a aprovação do novo modelo afirmando que a proposta ainda segue em discussão.

Essa movimentação independente, no entanto, tem sido cada vez mais comum no mundo do futebol.

Superliga fracassada, mas barulhenta

Outro projeto do tipo que tomou conta dos noticiários em 2021 foi a possível criação da Superliga. Encabeçada por três gigantes da Europa — Real Madrid, Barcelona e Juventus –, a ideia teria como objetivo principal boicotar a Champions League, organizada pela Uefa.  O projeto não incluiria a federação na mediação do torneio.

Recheada de grandes times do continente no início, a Super Liga durou menos de uma semana, e passou a ser duramente criticada pelas mais diferentes autoridades dentro do futebol. Logo, uma debandada se iniciou e a ideia perdeu força.

Barça, Real e Juve mantiveram-se agarrados à ideia. Como resposta, a Uefa decidiu processar os três clubes.

Com vácuo na CBF, times brasileiros ensaiam criação de Liga

Diante do afastamento de Rogério Caboclo da presidência da CBF por conta das denúncias de assédio sexual, criou-se um vácuo de poder na principal entidade brasileira de futebol. Diante desse cenário, cercado de indefinições e falta de força política, times das séries A e B decidiram criar uma Liga.

Com uma série de reivindicações em pauta, o projeto ganhou força e os times chegaram a receber propostas de empresas que se interessaram no novo formato.

A ideia, no entanto, acabou esbarrando justamente no conflito entre diretorias de grandes clubes, rotineiro na politicagem do futebol.

Os projetos podem estar parados ou indefinidos, mas a falta de diálogo e de acordo entre todos os envolvidos no espetáculo futebol é transparente para todos que acompanham o esporte.

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