Laudos do Bahia atestam que Ramírez não foi racista com Bruno Henrique
Time solicitou sua própria perícia a especialistas em linguagem labial, que não detectaram ofensa racial
atualizado
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Em uma mais uma reviravolta do caso da denúncia de racismo contra o jogador Gerson, do Flamengo, o Bahia solicitou perícia própria para analisar as imagens da partida. E nela, os especialistas em linguagem labial não viram a ofensa racial por parte de Indio Ramírez, meia colombiano do clube.
Os laudos de cinco empresas contratadas pelo time baiano não detectaram a ofensa “negro” a Bruno Henrique, como acusa o Flamengo. Um dos especialistas ouvidos pelo clube explica o que pode ter ocorrido. Inicialmente nós conseguimos ver que ele (Bruno Henrique) fala para Ramírez: “arrombado” e depois “gringo de m…”. A palavra “arrombado” também é utilizada em cima do outro jogador (Daniel) do mesmo time do Ramírez. Posteriormente, na sequência, quando vem aquela conduta de ambos os jogadores, Ramírez pergunta: “qué pasó?”. Que é o mesmo que perguntar qual é o problema, o que você está querendo. “Qué pasó” é chamar para a briga”, revela.
“Com a mão, ele faz o gesto, que significa que você é um fanfarrão, um falador, você fala o que não sabe, o que não conhece. Para irritar o jogador. E posteriormente, ele fala “tá quanto?”, “tá quanto?”, separado. A palavra correta seria “está quanto””, diz o especialista.
O jogador segue afastado pelo clube baiano até que a situação seja resolvida. O caso é investigado pela Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância, no Rio de Janeiro.