Klopp não quer liberar estrangeiros do Liverpool para as Eliminatórias
“Temos de admitir que os jogadores são pagos pelo clubes, o que significa que temos de ser a primeira prioridade”, disse o alemão
atualizado
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O Liverpool de Jurgen Klopp está prestes a ser o motivo de muita dor de cabeça para os treinadores de seleções nacionais. Isto porque os Reds não querem liberar seus jogadores estrangeiros para viajar e disputar as Eliminatórias da Copa do Mundo por causa da pandemia do novo coronavírus.
Klopp afirmou que os 10 dias de quarentena após a volta à Inglaterra sugeridos não era algo possível e agora as equipes do Brasil, Portugal, Senegal e Guiné terão de quebrar a cabeça. Alisson, Firmino, Fabinho, Diogo Jota, Mané e Keita podem não defender seus países.
A Seleção Brasileira tem compromisso marcado com a Colômbia e a Argentina, em 26 e 30 de março, Portugal enfrenta o Azerbaijão, a Sérvia e Luxemburgo, em 24, 27 e 30 do mesmo mês, Senegal encara o Congo e a Suazilândia, e Guiné joga com a Namíbia.
O caso do time de Tite é o mais complicado. Toda a América do Sul está em uma zona vermelha da Covid-19 e viagens diretas para o Brasil estão proibidas no Reino Unido, sem exceções para jogadores profissionais. Portugal também está nesta situação.
Há uma lista com 33 nações que estão nesta zona vermelha e qualquer pessoa que entrar no Reino Unido vindo desses países deve ficar de quarentena, em um quarto de hotel, por 10 dias. Assim, os atletas que deixassem o país teriam que cumprir estas regras, o que os tirariam de jogos da Premier League.
No caso do Liverpool, confrontos com o Arsenal e Aston Villa, e uma possível disputa pelas quartas de final da Champions Leage. Por isso, Kloop deixou claro que nenhum jogador do time poderá deixar o elenco para defender sua seleção se precisar ficar em quarentena quando retornar.
“Acho que todos os clubes (da Premier League) com os mesmos problemas concordam que não podemos simplesmente deixar os meninos irem e resolver a situação quando eles retornarem com a quarentena de 10 dias em um hotel ou algo assim. Isso simplesmente não é possível”, disse o alemão.
“Temos de admitir que os jogadores são pagos pelo clubes, o que significa que temos de ser a primeira prioridade. É assim que é”, afirmou Klopp.
Para contribuir com esta ideia, é provável que, não só o Liverpool, mas os demais clubes europeus com estrangeiros no elenco tenham como base um decreto da Fifa. A entidade definiu que os times não são obrigados a liberar os jogadores em caso de restrições de fronteira ou de viagem para países que prevejam pelo menos cinco dias de quarentena.