Justiça nega liberdade e ex-presidente da Conmebol segue preso
Preso na Suíça em dezembro de 2015, Napout se declarou inocente diante da Corte do Brooklyn, em Nova York, de aceitar propinas milionárias
atualizado
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Quatro dias depois de negar um pedido de liberdade por razões humanitárias por conta da pandemia do novo coronavírus, a Justiça de Nova York, nos Estados Unidos, recusou nesta terça-feira (14/04) uma nova solicitação de soltura, desta vez com o pagamento de uma fiança, do ex-presidente da Conmebol, o paraguaio Juan Ángel Napout, de 61 anos. Assim, ele segue preso no Instituto Correcional de Miami, na Flórida, por envolvimento em casos de corrupção na Fifa e na entidade sul-americana.
Preso na Suíça em dezembro de 2015, Napout se declarou inocente diante da Corte do Brooklyn, em Nova York, de aceitar propinas milionárias de empresas esportivas em trocas de contratos, mas foi declarado culpado por um júri popular dois anos depois. O ex-dirigente paraguaio foi sentenciado a nove anos de prisão em agosto de 2018.
“A Corte concluiu que o sr. Juan Ángel Napout não mostrou ‘evidência clara e convincente’ que ‘não poderia fugir'”, informou a juíza Pamela K. Chen em sua decisão. “Em todo caso, a Corte concluiu que o incentivo para o réu fugir agora é maior que quando recebeu prisão preventiva inicialmente, dado que está na prisão há aproximadamente 28 meses e encara a possibilidade de voltar à prisão por mais cinco anos se sua apelação não der certo”.
O Ministério Público se mostrou contra a possibilidade de prisão domiciliar, afirmando que Napout teria condições de fugir dos Estados Unidos. O paraguaio negou que pretendia fugir: “Nunca poderia ser um fugitivo, não é de minha natureza”.