Justiça espanhola decide pelo arquivamento do processo contra Neymar
Nesta sexta-feira (8/7), de acordo com a imprensa espanhola, o juiz responsável pelo processo entendeu que estas questões não podem ser analisadas na esfera criminal
atualizado
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O atacante Neymar ganhou mais uma pelo Barcelona. Desta vez fora de campo. Nesta sexta-feira, o juiz José De la Mata, responsável por analisar o processo iniciado pelo Grupo DIS contra o brasileiro na Audiência Nacional espanhola, decidiu que irá arquivar o processo aberta contra o astro do time catalão e seu pai Neymar Silva Samtos por supostos delitos e corrupções cometidas na transferência do Santos para o clube da Catalunha em 2013.
A decisão do magistrado espanhol, aliada ao pacto que o Barcelona fez com o fisco da Espanha, deverá encerrar definitivamente o “caso Neymar”, que teve início após pedido feito pelo Grupo DIS no começo deste ano por se considerar lesada com a transferência. A empresa, que detinha 40% dos direitos esportivos do atacante, havia aberto uma queixa-crime junto ao órgão federal em Madri.
No processo, a promotoria espanhola colocou como réus os dirigentes do Barcelona, Josep María Bartomeu (atual presidente) e Sandro Rossel (ex-presidente), os pais do atacante, Neymar Silva Santos e Nadine, os ex-presidentes do Santos, Luis Álvaro de Oliveira e Odílio Rodríguez, além dos clubes Barcelona e Santos como pessoas jurídicas.Análise
Nesta sexta-feira (8/7), de acordo com a imprensa espanhola, o juiz responsável pelo processo entendeu que estas questões não podem ser analisadas na esfera criminal, citando que em 7 de junho o caso já havia sido avaliado pela Receita Federal espanhola. José De la Mata ainda destacou que o contrato entre Neymar e Barcelona só poderia ser avaliado pela esfera civil.
Em 2013, o Barcelona divulgou oficialmente o valor pago por Neymar em 57,1 milhões de euros (40 milhões para a família de Neymar e 17,1 milhões para o Santos), mas a justiça espanhola calcula que a negociação foi por pelo menos 83,3 milhões de euros.
O Grupo DIS, que recebeu 6,8 milhões de euros dos 17,1 pagos ao Santos, se considerou duplamente prejudicado: primeiro por contratos anexos, dos quais o fundo não recebeu a sua parte e que teriam servido para ocultar o valor total da operação, e, depois, por um acordo de exclusividade entre o Barcelona e Neymar, que impedia outros clubes de apresentar ofertas.
Recentemente, Barcelona e Neymar anunciaram a renovação de contrato até 30 de junho de 2021. O antigo vínculo terminava em junho de 2018.