Justiça absolve torcedores do Atlético-MG acusados de racismo
Os três desembargadores que assinaram a decisão apontaram como “justificável ira” por parte dos torcedores atleticanos
atualizado
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O Tribunal de Justiça de Minas Gerais absolveu dois torcedores do Atlético-MG que foram acusados de chamar um segurança de estádio de “macaco” em um jogo contra o Cruzeiro, no Mineirão, realizado em 2019. As informações são da Folha de S. Paulo.
Os três desembargadores que assinaram a decisão explicaram como “justificável ira” por parte dos dois torcedores do Atlético. De acordo com a acusação, Adrierre cuspiu no rosto de Fábio Coutinho da Silva, segurança do Mineirão, e o xingou de “filho da puta”, “viado” e “olha a sua cor”. Seu irmão, Natan, chamou Fábio de “macaco”.
O segurança afirmou que os irmãos tentaram invadir a tribuna de imprensa e, depois, acessar a área destinada à torcida do Cruzeiro. A defesa argumentou que Fábio foi chamado de “palhaço” e não “macaco”. A advogada dos irmãos acrescentou também que o segurança “nem é negro, mas, no máximo, pardo”.
Os desembargadores concluíram que os réus “agiram revoltados, em uma crescente e justificável ira”, já que foram impedidos de não acessar um local seguro, mesmo com efeito de gás de pimenta, arremessados pela Polícia.