Jovem Futzz, o garoto do DF que aproveitou a pandemia para “virar repórter”
Aos 14 anos, Rodrigo Suzano criou o próprio perfil no Instagram para falar de futebol e tem se destacado com entrevistas com personalidades
atualizado
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Com as aulas suspensas desde 12 de março no Distrito Federal por conta da pandemia do novo coronavírus, as crianças e adolescentes da capital precisaram encontrar fórmulas de preencher o tempo. Rodrigo da Silva Suzano da Cruz, 14 anos, tirou de uma paixão antiga uma oportunidade e tem brilhado nas redes sociais com seu perfil no Instagram Jovem Futzz, dedicado a entrevistas e informações sobre futebol.
Estudante do 9º ano no Colégio Militar, Rodrigo aproveitou o tempo livre, criou o perfil Jovem Futzz e tem abastecido a rede diariamente. Com foco no futebol de Brasília, mas aberto às notícias da bola pelo mundo, ele já entrevistou jogador profissional e até a presidente do Brasiliense, Luiza Estevão, o qual considera seu maior feito até aqui.
Em dois meses no ar, Rodrigo conquistou cerca de 1 mil seguidores e pretende se dedicar ainda mais. “Eu sempre quis ter uma página de futebol, sempre acompanhei o futebol no mundo inteiro e nessa pandemia me veio a ideia de criar”, conta o Jovem Futzz. “A primeira pessoa que consegui entrevistar foi o Dany Pança (apresentador do Jogo Aberto, na Band-DF), mas eu estava nervoso, não estava acostumado”, recorda o garoto.
Desde então, Rodrigo entrevistou o jogador Michel Platini, do Gama, Luiza Estevão e não pretende mais parar. “O máximo seria entrevistar os jogadores do Gama e do Brasiliense, talvez algum de Série A. Assim, meu ídolo mesmo é o Cristiano Ronaldo, então, ele seria o sonho”, planeja.
Repórter por acaso
A página Jovem Futzz costuma trazer novidades e curiosidades do futebol – as artes e montagens são feitas pelo próprio adolescente. As entrevistas, porém, ganharam notoriedade e despertaram uma opção de futuro para Rodrigo. “Sempre tive o sonho de ser jogador de futebol, mas depois que iniciei na página, ver os elogios, pensei e penso em ser jornalista também”, admite.
Imerso nesse novo mundo há pouco tempo, Rodrigo confessa que, às vezes, bate uma frustração ao não ter resposta dos jogadores. “Muitos eu nem recebo resposta, não sei se eles veem a mensagem ou não, mas eu não fico tão chateado, porque sei que eles têm compromissos. Fico chateado quando leem e não respondem”.
O estúdio usado por Rodrigo costuma ser a própria casa, composto por uma dezena de cachecóis que comprou em 2018, quando foi a Portugal. A ideia é aumentar o arsenal e profissionalizar o perfil cada vez mais. “Eu penso em ir para o Youtube, mas vou começar fazendo vídeos mais curtos no IGTV”.