Jornalistas escapam da prisão na Ucrânia graças à tatuagem de Maradona
Um repórter chileno e um cinegrafista argentino conseguiram se livrar de uma prisão no país em conflito graças ao amor pelo futebol
atualizado
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Uma equipe de reportagem sul-americana conseguiu escapar de uma detenção na Ucrânia graças ao amor pelo futebol. Em entrevista à Folha, o cinegrafista argentino Juan Zamudio relatou o momento de tensão que passou junto de outros profissionais em uma estrada a caminho de Lviv, quando conseguiu se livrar de uma prisão após mostrar sua tatuagem em homenagem à Maradona.
Ele contou que a equipe fazia registros do caminho até uma das cidades atacadas pro tropas russas, quando acabaram parados por duas viaturas policiais que exigiram além da documentação dos integrantes, itens como câmeras, celulares e notebooks. Os profissionais foram levados para a delegacia e começaram a ter problemas de comunicação com as autoridades.
Como solução, Juan e outros membros da equipe decidiram apelar para uma linguagem universal, o futebol. Ao ouvirem os policiais pronunciando os nomes dos maiores ídolos do futebol argentino, Messi e Maradona, Zamudio resolver mostrar a tatuagem que fez ao ex-camisa 10 da Seleção Argentina que faleceu em novembro de 2020.
Com a deixa, o repórter chileno Daniel Matamala também mostrou aos policiais uma foto em que aparece ao lado do jogador do Paris Saint-Germain e capitão da atual seleção. À partir daí, segundo o cinegrafista, o tratamento dos policiais com a equipe de reportagem mudou completamente. Eles conseguiram recuperar os documentos e equipamentos e foram liberados para seguirem viagem até Lviv.
Ainda de acordo com o cinegrafista, a desconfiança das autoridades era de que o grupo de jornalistas estivesse à serviço do governo russo. O passaporte de Daniel com um carimbo da Rússia, onde foi acompanhar a Copa do Mundo de 2018, teria dificultado inicialmente os diálogos.
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