Jogos de seleções podem voltar só em 2021, diz membro da Fifa
A partida entre Brasil e Venezuela no Mané Garrincha, válida pelas Eliminatórias, está na lista, mas segue confirmada para 3 de setembro
atualizado
Compartilhar notícia
As partidas internacionais entre seleções podem não ser disputadas até 2021 devido às restrições advindas da pandemia de coronavírus. As viagens e a necessidade de dar prioridade às competições de clubes em 2020 devem pesar na decisão.
Vice-presidente da Fifa, o canadense Victor Montagliani, que também preside a Concacaf, lidera o trabalho de um grupo que formula planos para lidar com as implicações da covid-19 no futebol.
A Fifa já cancelou as partidas entre seleções que deveriam ser realizados em março e junho. Montagliani acredita que as janelas de setembro, outubro e novembro para os jogos das equipes nacionais também podem ser canceladas.
Desta forma, isso incluiria a partida entre Brasil e Venezuela, marcada para 3 de setembro, no Estádio Mané Garrincha. “Pessoalmente, acho que isso pode ser um desafio, não tanto apenas pelas questões de saúde, mas também pelo comprometimento das viagens internacionais”, disse Montagliani em entrevista à agência de notícias The Associated Press. “Eu acho que o futebol nacional é uma prioridade. Setembro ainda está marcado, mas eu gostaria de dizer que não tenho certeza de que teremos um terreno sólido até lá.”
“Muito cedo para decidir”
A Arena BSB, gestora do Estádio Mané Garrincha, acredita que o cenário ainda não está claro para tomar a decisão. “Está muito cedo para decidir. Hoje, ninguém tem noção dos desdobramentos. Sinceramente, a gente não está pensando nisso ainda. Nem descarto, nem digo que é impossível de acontecer. Se adiarem, está adiado. Ninguém tem informações de como estará o mundo no segundo semestre”, afirma o presidente do consórcio, Richard Dubois.
Uma retomada completa do futebol em 2020 pode não ser possível nos países mais atingidos pela pandemia, como reconheceu o dirigente. “Se você levar isso para além das fronteiras internacionais, isso se torna uma questão significativa”, disse Montagliani.
(Com informações da Agência Estado)