Jogo no México é suspenso por causa de cantos homofóbicos de torcida
Incidente ocorreu na partida entre Cruz Azul e Monterrey, pela semifinal da Liga dos Campeões da Concacaf
atualizado
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Em 2019, a Fifa criou um protocolo antidiscriminação que inclui três passos a serem seguidos pelos árbitros. Ramos aplicou o segundo, que indica a interrupção do jogo por minutos, permitindo que os atletas se dirijam ao vestiário e voltem quando a situação estiver controlada ou mais calma.
Após o cumprimento do protocolo, a partida foi reiniciada no Estádio Azteca, casa do Cruz Azul, que perdeu o confronto para o Monterrey por 4 a 1 e foi eliminado do torneio continental. “Essa linguagem e comportamento não serão tolerados pela Concacaf em suas competições”, publicou a conta oficial do campeonato no Twitter.
Em junho, a Fifa já havia banido a torcida mexicana por dois jogos devido a cantos discriminatórios. A final da Liga dos Campeões da Concacaf será disputada em outubro entre Monterrey e América do México. O México é o maior vencedor da competição, com 36 títulos.
O histórico de gritos preconceituosos vindos de torcedores mexicanos está longe de ser recente. Ao menos desde a Copa do Mundo no Brasil, em 2014, é comum ouvir o cântico “eeeeeehhh, puto!” a cada vez que o goleiro rival cobra um tiro de meta. A expressão é uma forma vulgar de se referir a quem é homossexual. Em 2018, na Copa da Rússia, a Fifa abriu um procedimento disciplinar contra a Federação Mexicana de Futebol por conta do comportamento dos torcedores em um jogo contra a Alemanha.