Jogadores trocam acusações após briga em jogo de Gama e Brasiliense
O atacante Nunes, do Jacaré, se defendeu da acusação de que foi o culpado pelo início da briga. Pedrão, do Gama, culpou arbitragem e rival
atualizado
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O Tribunal de Justiça Desportiva do Distrito Federal vai julgar, na próxima segunda (20/3) ou terça-feira (21), a pancadaria que manchou o clássico entre Gama e Brasiliense, disputado no domingo (12) no Bezerrão. A data da audiência será confirmada até quinta-feira (16) pelo órgão que, com a súmula em mãos, que traz o relato da arbitragem de tudo o que ocorreu durante a partida, definirá as punições cabíveis.
A briga que deu fim ao clássico de número 55 entre as equipes resultou na expulsão de 10 jogadores, sendo seis do Gama e quatro do Brasiliense. Na segunda (13), a súmula da partida foi entregue pelo árbitro Almir Camargo na sede da Federação de Futebol do Distrito Federal. Único titular do Jacaré punido com o cartão vermelho, o atacante Nunes lamentou a confusão e se defendeu de acusações sofridas após o empate de 1 x 1.
“Não temo (a punição). Não comecei, mas vendo meus companheiros brigando, eu não ia deixá-los na mão. Troco porrada, vou sempre defender meus companheiros, o meu clube”, dispara o jogador. “Defendo o meu, brigo, discuto, corro e trombo. É um pouco injusto falar que foi culpa minha”, acrescenta o jogador, que esperava um comportamento firme da arbitragem. “Se o árbitro (Almir Camargo) tivesse dado cartão amarelo para mim e para o Baiano (do Gama) em um lance antes da confusão, nada disso teria acontecido”.
O meia Souza, do Brasiliense, acredita que o problema está no palco da partida. “O Gama mostrou que não tem condições de receber e comportar um clássico. Clássico como esse tem que ser no Mané Garrincha,” diz o camisa 10.
No lado gamense, o zagueiro Pedrão aponta a arbitragem e o atacante Nunes como culpados. “Colocaram o Almir para apitar um jogo tão importante, um cara completamente despreparado. Lances que era para ter reprimido, ele não fez”, opina. “Há jogadores do Brasiliense com histórico de confusão e de pilantragem no futebol. Quem proporcionou isso foi o Nunes, os companheiros e a comissão técnica deles”, detona.A reportagem tentou contato com o meia Baiano e o técnico Reinaldo Gueldini, mas eles não responderam até a última atualização desta reportagem.
Após a briga de domingo (12), a diretoria do Brasiliense pediu à Federação de Futebol do Distrito Federal que os jogos entre os times sejam disputados no Mané Garrincha. O estádio do Bezerrão está interditado e quem descumprir a medida do TJD-DF terá de pagar multa de R$ 50 mil por partida. A arena foi vistoriada pelo Instituto de Criminalística da Polícia Civil do Distrito Federal, que vai transmitir a análise do local para o tribunal.