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Jogadores e dirigentes se manifestam contra retorno do futebol

Enquanto federações e governo pressionam por retorno aos gramados, atletas se mostram contrários à decisão

atualizado

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Com a maioria dos campeonatos suspensos desde meados de março, as federações de diversas grandes ligas ao redor do mundo começam a pressionar governos para afrouxar as regras de isolamento social e, assim, os clubes possam retomar os trabalhos.

É o caso, por exemplo, da Premier League, que tem o apoio do Secretário de Cultura do Reino Unido, Oliver Dowden, para retornar o quanto antes. Apesar dos esforços do político para que o campeonato inglês seja retomado, os jogadores parecem não compartilhar do mesmo entusiasmo.

De acordo com uma fonte ligada a um clube da Premier League ouvida pela ESPN, “Diversos jogadores se sentem desconfortáveis com um possível retorno. A única forma da liga levar o assunto a sério é quando alguém morrer. No futuro, nós vamos olhar para este momento com tristeza”. Outra fonte afirmou que jogadores com famílias jovens e esposas grávidas estão preocupados em jogar futebol durante a pandemia.

Um dos maiores jogadores do mundo também se mostrou preocupado com um possível retorno. Segundo o diário italiano Corriere Dello Sport, Cristiano Ronaldo não pretende retomar os treinos com a Juventus, apesar da convocação da Velha Senhora. Para o craque português, o fato de seu companheiro de time, Paulo Dybala, ter testado positivo para a Covid-19 pela quarta vez, prova que a pandemia ainda não está controlada na Itália, um dos países que mais sofreu com a disseminação do vírus.

Situação semelhante, viveu a Espanha. Porém, apesar da acentuada melhora nas últimas semanas, Gabriel Paulista, zagueiro brasileiro do Valencia, ainda acredita que não é o momento certo para que as atividades esportivas sejam retomadas. “Não quero que nenhum membro da família, amigo, colega de trabalho ou profissão esteja doente ou morto por precipitar um retorno ou ter pressão econômica”, afirmou. “Os profissionais do futebol são pessoas privilegiadas, mas somos pessoas em primeiro lugar. Temos família, entes queridos e sentimentos”.

No Brasil

Apesar de no Brasil, os jogadores, em sua maioria, não estarem dando entrevistas, alguns utilizam suas redes sociais para opinarem sobre o assunto. É o caso de Alexandre Pato. O atacante do São Paulo, via Twitter, admitiu estar com saudades do jogo, porém, defendeu que o mais importante é a saúde, no momento.

Também do São Paulo, o diretor-executivo e ídolo do clube, Raí, foi mais contundente em suas críticas. Em uma entrevista para o GloboEsporte.com, o ex-camisa 10 não só afirmou que a prioridade do São Paulo não é “voltar rápido”, como também criticou a postura do presidente Jair Bolsonaro durante a crise.

“Voltar ao seu tempo, com as orientações, e gradativamente, começando obviamente o treino sem uma data certa de quando o campeonato vai retornar”, disse.

“Se perder a governabilidade, eu torço e espero uma renúncia para evitar o processo de impeachment, que sempre é traumático. Porque o foco tem que ser a pandemia”, afirmou, sobre o presidente.

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