Jogadores brasileiros no Irã vivem impasse após ataque dos EUA
O Campeonato Iraniano, como acontece normalmente, parou em 28 de dezembro e recomeçará no fim de janeiro para a disputa do segundo turno
atualizado
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O atacante Mazola e o goleiro Fernando de Jesus vivem o mesmo impasse. Eles deixaram o Irã para passar as festas de fim de ano com a família no Brasil e agora aguardam os seus clubes darem o aval para retornar ao país onde vivem. Desde o assassinato do general iraniano Qassim Suleimani na última quinta-feira (02/01/2020), eles não têm contato com os dirigentes das equipes onde atuam. A expectativa de ambos é embarcar ainda nesta semana
“Estou acompanhando as notícias e esperando que a situação melhore. Torço para que tudo acabe bem e que eu possa voltar e cumprir o meu contrato que vai até o final de 2020”, disse Mazola em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo. Fernando tem conversado com companheiros de time. “Meus amigos estão treinando e enviaram mensagem dizendo que é para não ficar preocupado. Tive alguns dias de folga e espero em breve estar ao lado deles, pois já temos jogo no dia 1º de fevereiro”.
O Campeonato Iraniano, como acontece normalmente, parou em 28 de dezembro e recomeçará no fim de janeiro para a disputa do segundo turno. Os estrangeiros costumam ganhar uns dias de descanso nesse período para encontrar a família.
Ex-jogador do São Paulo, Mazola, de 30 anos, defende desde julho o Tractor Sazi, atual terceiro colocado após 16 rodadas disputadas, a quatro pontos do líder Persépolis. “O Tractor é como se fosse o Flamengo. Leva cerca de 90 mil pessoas para o estádio. Eles são apaixonados por futebol e lotam os estádios, tem jogo que fica gente pra fora”, comentou o atacante.
Revelado pelo Duque de Caxias-RJ, Fernando, hoje com 35 anos, mudou-se para o Irã há cinco anos. O Pars Jonoubi, em 12º lugar na tabela de classificação, é o quarto clube que defende no país “O iraniano é um povo muito receptivo, amam o Brasil. Por isso até não acredito em guerra ou revanche (contra os Estados Unidos). Só atrapalharia ainda mais a crise que eles vem atravessando devido as sanções econômicas”.