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Jogadora ganha ação por não receber salários durante a gestação

Sara Björk, que hoje joga na Juventus, revelou em entrevista detalhes da batalha judicial que travou com o Lyon para receber a quantia

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Chris Ricco/Getty Images
Sara Björk chutando uma bola em campo
1 de 1 Sara Björk chutando uma bola em campo - Foto: Chris Ricco/Getty Images

A jogadora islandesa, Sara Bjrörk, revelou nesta terça-feira (17/1) em um artigo publicado no portal Players Tribune detalhes sobre a batalha judicial que travou contra o Lyon, tradicional clube francês de futebol. Em decisão inédita, o Tribunal de Futebol da Fifa concedeu à atleta o direito de receber o salário integral relativo ao período de gestação.

A meio-campista de 32 anos revela que lutou por cerca de um ano e meio para obter o direito de receber cerca de 82 mil euros (R$ 451 mil), relativo ao tempo de gestação, até que ela entrasse no período da licença-maternidade. O Lyon foi condenado a pagar o montante para a atleta, que atuou no clube entre os anos de 2020 e 2022.

 

Para vencer o processo, Sara Bjrörk contou com o apoio do Sindicato Mundial de Jogadores Profissionais (FifPro). Antes de revelar ao clube que estava grávida, ela chegou a atuar por 60 minutos em uma partida contra o Brondby, pela Champions League.

Ela deixou a França para fazer o acompanhamento da gravidez na Islândia, próximo de seus familiares. Assim que se afastou, passou a receber menos que o habitual. Quando afirmou que levaria o caso à Fifa, a jogadora chegou a ser ameaçada pela diretoria do clube de não atuar mais pelo time.

Seus advogados, no entanto, a lembraram de uma regra da Fifa sobre este tipo de situação.

“Essa regra era bem nova, mas eu lembrava vagamente disso por causa de uma conversa informal com algumas jogadoras uma vez, antes de eu ficar grávida. Eu lembro que falávamos sobre ter filhos, e alguém disse: ‘Ah, mas não há segurança para a gente’. E eu lembro especificamente que Jodie Taylor estava sentada na mesa, e ela disse que o FifPro estava trabalhando nessa questão da gravidez e da licença maternidade para jogadoras profissionais”, lembrou a jogadora.

Ela chegou a retornar ao clube, mas não renovou o seu contrato após o nascimento do filho Ragnar, em janeiro do ano passado. Em julho ela acertou sua transferências para a Juventus, da Itália.

“Isto fazia parte dos meus direitos, e não pode ser questionado, mesmo por um clube grande como o Lyon. Essa vitória é maior do que eu. É como uma garantia de segurança financeira para todas as jogadoras que quiserem ter uma criança durante sua carreira. Não é um “talvez” ou uma incerteza”, declarou Sara.

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