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Jogadora denuncia racismo na série A3 do Campeonato Brasileiro

Natasha do Nascimento, jogadora do Doce Mel, afirmou ter sido chamada de macaca por torcedores do Sport

atualizado

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Divulgação/ Doce Mel Esporte Clube
Caso de racismo no Futebol Feminino
1 de 1 Caso de racismo no Futebol Feminino - Foto: Divulgação/ Doce Mel Esporte Clube

Um caso de racismo manchou a partida entre Sport e Doce Mel, disputada nesse domingo (3/7), no estádio da Ilha do Retiro, válida pelas oitavas de final da série A3 Campeonato Brasileiro Feminino. A atacante do Doce Mel, Natasha do Nascimento, relatou ter sido alvo de ofensas racistas vindas da torcida do Leão. O caso foi registrado na súmula da partida.

“Após o término da partida, fui informada pela sra. Natasha do Nascimento, nº 11 da equipe Doce Mel, que a mesma ouviu da arquibancada destinada à torcida do Sport o som de um macaco em sua direção. Vale ressaltar que nem eu, árbitra central, nem outro integrante da equipe de arbitragem ouviu tal fato”, reportou a árbitra Deborah Cecília, responsável pela partida.

Em entrevista ao portal ge, Natasha revelou que ao cair no gramado em determinado momento da disputa, acabou sendo vítima dos comentários vindos da arquibancada.

“Eu queria relatar também que eu caí ali e tive preconceito com a torcida. Não vi quem era. Quando eu olhei, não tinha como ver. Me chamaram de macaca, fizeram ‘uh, uh, uh'”, contou a atacante em entrevista.

O Código Brasileiro de Justiça Desportiva determina que seja paga uma multa que pode variar de R$ 100 a R$ 100 mil. Caso o autor seja identificado, será banido dos estádios por ao menos 720 dias.

A partida terminou com vitória do Sport por 1 x 0. As duas equipes voltam a se enfrentar no próximo sábado (9/7).

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O caso, infelizmente, não é único no futebol nacional. No decorrer da história do esporte no país, diversos episódios de injúria racial e racismo aconteceram nos gramados brasileiros
Em 2005, em partida pela Copa Libertadores, o São Paulo recebeu o Quilmes, da Argentina. Durante o jogo, o ex-jogador Grafite foi chamado de macaco pelo jogador argentino Leandro Desábato, que ficou preso por dois dias, mas pagou fiança e foi liberado
Em 2009, durante o campeonato Libertadores, no Mineirão, o volante Elicaros, que à época jogava pelo Cruzeiro, afirmou ter sido chamado de macaco por Maxi López, então atacante argentino do Grêmio. Boletim de ocorrência foi registrado e Maxi teve de prestar depoimento
Em 2010, durante uma partida entre Atlético Mineiro e Juventus, o ex-jogador Obina foi chamado de macaco pela torcida rival. Apesar do indicado, Obina optou por não registrar ocorrência, mas respondeu aos ataques marcando cinco gols na disputa, que teve o placar final de 7x0 para o Galo
No ano seguinte, o atacante Diego Maurício foi vítima de injúrias raciais na Vila Belmiro, onde o Flamengo enfrentava o Santos
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Caso de racismo envolvendo dois atletas durante a 6ª rodada do Campeonato Brasileiro chamou atenção para o problema no ambiente esportivo do país. No mais recente episódio, o jogador Edenilson denunciou o lateral direito do Corinthians, Rafael Ramos, por tê-lo chamado de macaco. Rafael negou a acusação, mas pagou fiança de R$ 10 mil e responderá processo judicial

MAX PEIXOTO/DIA ESPORTIVO/ESTADÃO CONTEÚDO
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O caso, infelizmente, não é único no futebol nacional. No decorrer da história do esporte no país, diversos episódios de injúria racial e racismo aconteceram nos gramados brasileiros

Silvio Avila/Getty Images
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Em 2005, em partida pela Copa Libertadores, o São Paulo recebeu o Quilmes, da Argentina. Durante o jogo, o ex-jogador Grafite foi chamado de macaco pelo jogador argentino Leandro Desábato, que ficou preso por dois dias, mas pagou fiança e foi liberado

Thais Magalhães/CBF
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Em 2009, durante o campeonato Libertadores, no Mineirão, o volante Elicaros, que à época jogava pelo Cruzeiro, afirmou ter sido chamado de macaco por Maxi López, então atacante argentino do Grêmio. Boletim de ocorrência foi registrado e Maxi teve de prestar depoimento

Reprodução/ Instagram
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Em 2010, durante uma partida entre Atlético Mineiro e Juventus, o ex-jogador Obina foi chamado de macaco pela torcida rival. Apesar do indicado, Obina optou por não registrar ocorrência, mas respondeu aos ataques marcando cinco gols na disputa, que teve o placar final de 7x0 para o Galo

Reprodução/ Instagram
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No ano seguinte, o atacante Diego Maurício foi vítima de injúrias raciais na Vila Belmiro, onde o Flamengo enfrentava o Santos

Reprodução/ Instagram
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Em 2014, durante uma partida do Santos e Grêmio, na arena em Porto Alegre, o ex-goleiro Aranha, que defendia o time paulista, foi chamado de macaco por um grupo de torcedores. O clube gaúcho foi punido com a eliminação na competição

Ivan Storti/ Santos F.C.
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No mesmo ano, o zagueiro Paulão foi vítima de racismo ao deixar o gramado da Arena. Ao olhar para a torcida do Grêmio, viu que um grupo olhava para ele e imitava o som de macacos. Numa resposta carregada de ironia, o zagueiro aplaudiu

Reprodução/ Instagram
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Em 2020, durante um jogo no Maracanã, Gerson, que defendia o Flamengo, acusou o jogador colombiano Ramirez, do Bahia, de ter se dirigido a ele , com tom de zombaria, e dito: “Cale a boca, negro”. A denúncia, no entanto, não foi adiante na esfera criminal, e o Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol (STJD) arquivou o inquérito

Marcelo Cortes / Flamengo

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