Irã nega que ex-jogador tenha sido condenado à morte por protestos
De acordo com a Embaixada do Irã na Colômbia, o julgamento ainda não aconteceu e, portanto, nenhuma decisão foi tomada
atualizado
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O governo iraniano negou que o ex-jogador de futebol Amir Nasr-Azadani, de 26 anos, esteja sendo condenado à morte por participar de protestos em defesa dos direitos das mulheres e contra o governo. A informação veio através da conta no Twitter da Embaixada do Irã na Colômbia .
O presidente colombiano Gustavo Petro publicou, no último domingo (18/12), um tweet parabenizando os argentinos e Messi pelo título e, em seguida, pediu para o Irã “não matar o futebol”, com uma foto do jovem. A embaixada, entretanto, desmentiu a notícia de que o jogador já estaria condenado.
“Falsa a notícia sobre a condenação à morte de um jogador de futebol iraniano”, revelou na postagem. Na publicação, a entidade afirmou que o julgamento ainda não aconteceu e, portanto, nenhuma decisão foi tomada.
El Juicio todavía no se ha llevado a cabo.Por lo tanto, la noticia pena de muerte es pura mentira.En las brutales acciones de las alborotadoras 50 policías y agentes de seguridad han muertos y otros cientos han resultado heridos.En Guerra Hibrida,continua la compaña de FAKE NEWS. pic.twitter.com/1Dg9c1XpoV
— @IraninColombia (@IraninColombia) December 19, 2022
O ex-jogador será julgado por traição e por compor um grupo armado que tem como objetivo atacar a República Islâmica do Irã. Ele foi preso dois dias após três agentes morrerem depois das manifestações realizadas no dia 25 de novembro.
Amir também foi condenado a suspostamente tramar contra a segurança do país e da sociedade iraniana. No futebol, o ex-meia atuou pelas equipes do Sepahan, Rah Ahan Tehran e Tractor.
A Federação Internacional de Jogadores Profissionais também declarou estar “triste e chocada” e que é “solidária com Amir e exige que sua sentença seja suspensa imediatamente”. O caso gerou grande repercussão nas redes sociais.
Na última segunda-feira (12/12), o governo iraniano executou o segundo homem acusado de participar dos atos contra o atual regime. Segundo a Iran Human Rights, ONG que monitora a situação no país, cerca de 326 pessoas teriam sido mortas durante as manifestações que eclodiram após Mahsa Amini, de 22 anos, ser morta no dia 16 de setembro por não usar de maneira adequada o véu islâmico.