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Invencibilidade da Bélgica de 23 partidas persiste durante a era Tite

Desde 2016, a Bélgica emplacou uma sequência de jogos sem derrotas e 76 gols marcados – são 19 sofridos, além dos dois da Espanha na estreia

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Jamie Squire – FIFA/FIFA via Getty Images
panamá bélgica copa
1 de 1 panamá bélgica copa - Foto: Jamie Squire – FIFA/FIFA via Getty Images

O início de setembro de 2016 foi marcante para as seleções da Bélgica e do Brasil, agora rivais nas quartas de final da Copa do Mundo por representar o começo de uma exitosa mudança de rumo delas. No dia 1.º daquele mês, em Bruxelas, os belgas perderam amistoso por 2 a 0 para a Espanha, no seu segundo revés consecutivo, sendo o primeiro sob o comando do técnico espanhol Roberto Martínez.

O dia foi o mesmo da estreia de outro treinador: Tite. À frente da Seleção Brasileira, que virou o turno das Eliminatórias Sul-Americanas sob o risco de não obter a classificação à Copa da Rússia, ele começou a dissipar esse temor com uma vitória por 3 a 0 sobre o Equador, fora de casa. Nesta sexta-feira (6/7), então, essas equipes duelam por uma vaga nas semifinais do Mundial.

Para Roberto Martínez, o que poderia ter sido um mal sinal em seu início de trabalho se transformou em uma rara má lembrança. Afinal, após aquele revés, a Bélgica emplacou uma sequência de 23 jogos sem derrotas e com 76 gols marcados – são 19 sofridos, além dos dois da Espanha, na sua estreia. Assim, se classificou à Copa do Mundo com muita facilidade – somou 28 pontos em 30 possíveis em seu grupo nas Eliminatórias Europeias – e foi, ao lado de Croácia e Uruguai, uma das equipes com 100% de aproveitamento na primeira fase na Rússia. E a Bélgica também ostenta o melhor ataque da Copa, com 12 gols marcados em quatro jogos.

Nessa invencibilidade, a equipe acumulou 18 triunfos e cinco empates. Esses números, inclusive, lembram muito os de Tite à frente da Seleção Brasileira, com 20 vitórias, quatro igualdades e apenas uma derrota em 25 compromissos, além de 54 gols marcados e apenas seis sofridos. Assim, a sustentação do cartel invejável de cada um deles também estará em jogo nesta sexta em Kazan.

A sequência de Roberto Martinez impressiona, especialmente pela grande produção do setor ofensivo, mas também esconde que a Bélgica não encarou grandes adversários nesse período, sendo que a sua vitória de maior peso foi contra a Inglaterra na rodada final do Grupo G da Copa do Mundo por 1 a 0, em uma partida em que as equipes não pareciam muito dispostas a triunfar, tanto que o revés levou os rivais a irem para um lado da chave do mata-mata considerado até mais fácil.

Entre adversários que passaram de fase na Rússia, a Bélgica não triunfou nesse período. A equipe empatou por 3 a 3 com a seleção anfitriã em amistoso disputado em março de 2017, mesmo placar de duelo contra o México em novembro do mesmo ano. Além disso, ficou em 0 a 0 com Portugal às vésperas da Copa do Mundo.

Por isso, o confronto contra o Brasil também é visto como uma grande chance de afirmação para a seleção belga. “Nós nos preparamos como equipe, temos um sistema em que jogamos há dois anos. Individualmente, melhoramos. Acho que será um grande teste”, afirmou Romelu Lukaku, esperançoso em levar a sua equipe a igualar a campanha de 1986, a melhor da história belga na Copa do Mundo, quando foi semifinalista.

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