Interesse pela Seleção mais que dobra com proximidade da Copa do Catar
Quantidade de brasileiros desiludidos com o time desde 2018 diminuiu e o número de fãs incondicionais aumentou nos últimos seis meses
atualizado
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Em maio deste ano, 47% dos brasileiros indicavam que haviam perdido o interesse pela Seleção Brasileira desde a Copa do Mundo da Rússia, em 2018, quando o time foi eliminado pela Bélgica, por 2 a 0, nas quartas de finais do torneio.
Agora, seis meses depois e à beira dos jogos da Copa do Mundo do Catar, esse quinhão de decepcionados encolheu para 34%. Além disso, a cota dos torcedores para os quais a equipe nunca perdeu a relevância aumentou de 5% para 12%. Ou seja, mais que dobrou no mesmo período.
Essa mudança de humor (veja quadro abaixo) foi captada por uma pesquisa de opinião pública, feita pelo Instituto Travessia, de São Paulo, com exclusividade para o Metrópoles. O trabalho, de abrangência nacional, foi realizado com uma amostra de mil pessoas, com idades a partir de 16 anos, por meio de entrevistas por telefone entre os dias 9 e 10 de novembro.
Para Renato Dorgan Filho, sócio e analista do Travessia, o crescimento do interesse pela Seleção com a proximidade do evento é natural. Perto da linha de chegada, as propagandas acumulam-se, as conversas sobre o tema também.
Ainda assim, ele acredita que 2022 acrescentou um fato singular a esse quadro. “Este ano, as eleições excepcionalmente aconteceram antes da Copa e foram tão polarizadas que dominaram de forma pouco usual as atenções no país”, diz. “Agora, o torneio encontrou espaço no dia a dia das pessoas.”
Outros dados presentes no levantamento corroboram essa alteração. Em maio, 35% preferiam assistir aos jogos dos times para os quais torciam a acompanhar as partidas da Seleção (veja quadro abaixo). Outros 24% diziam o contrário. Agora, a situação inverteu-se. No total, 23% gostam mais de ver as partidas dos seus clubes de coração e 27%, da equipe nacional.