Inglaterra permite reação da Itália, que vence Eurocopa nos pênaltis
Luke Shaw abriu o placar nos minutos iniciais. Porém, Itália cresceu na partida e empatou com Bonucci ante das penalidades
atualizado
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Não foi desta vez que voltou para casa. Apesar de contar com a principal e mais rica liga do mundo e novamente ter uma seleção de grandes jogadores a seu dispor, a Inglaterra optou por recuar em excesso após ter aberto o placar nos minutos iniciais do confronto com a Itália, neste domingo (11/7), na final da Eurocopa, em Wembley.
A decisão teve consequência um convite para que a Itália ficasse com a bola e avançasse de pouco em pouco, contando com a movimentação sempre insinuante de Insigne e, principalmente, de Chiesa, até finalmente chegar à igualdade, com Bonucci. Nos pênaltis, Belotti, Rashford, Sancho, Jorginho e Sakha erraram suas cobranças.
A vitória premia o trabalho de uma seleção tetracampeã do mundo que precisou passar um processo de reformulação após ficar de fora do Mundial de 2018, na Rússia. Desde então, guiada por Roberto Mancini, a Itália aos poucos foi abandonando sua fama de retranqueira e apostando em um futebol mais vistoso e ofensivo, com mais posse de bola.
O resultado foram mais de 30 jogos de invencibilidade e o 2º título europeu de sua história, o primeiro desde 1968.
O jogo
A Inglaterra surpreendeu os italianos logo aos dois minutos de jogo. Shaw roubou a bola pela esquerda, ainda no campo de defesa, e tabelou com Harry Kane. O atacante avançou e tocou para Trippier, que cruzou para Shaw que surpreendeu e, de primeira, bateu Donarumma.
Após o gol, a Itália tentou se reorganizar e trocar passes para construir oportunidades. Os esforços da Azzurra, no entanto, paravam na forte marcação inglesa, que tentava sair para o jogo apostando na bola longa e nos recuos de Kane.
Essa foi a tônica até o fim do 1º tempo, com a Itália dominando a posse de bola e procurando os espaços para invadir a área inglesa, usando das laterais, com Emerson, Insigne e Chiesa. A equipe de Southgate, com o 1 x 0 no placar, se contentou em esperar os erros italianos, mas não conseguiu construir mais nada no lado ofensivo.
2º tempo
Para dar continuidade à partida, a Inglaterra seguiu fechada. Sem muita efetividade no 1º tempo, Immobile foi substituído por Berardi, alterando o posicionamento de Chiesa e Insigne, duas das maiores ameaças para a defesa adversária.
Sem conseguir furar a defesa inglesa com a bola rolando, a Itália se aproveitou de uma bola parada para igualar o placar. Aos 21 minutos, após cobrança de escanteio de Emerson, Verrati cabeceou na trave, a bola pipocou dentro da área e sobrou para Bonucci empurrar para o gol aberto de Pickford.
A Inglaterra, que não estava criando mais nada e viu a Itália somar 71% de posse de bola, precisou responder. Southgate tirou Trippier e colocou Sakha para dar mais velocidade e levar mais perigo para o setor direito.
As mudanças, no entanto, não surtiram efeito e a Inglaterra continuou a apresentar dificuldades para trocar passes, falhando até em conseguir passar do meio-campo.
Prorrogação
Com o cansaço começando a ser um fator, a disciplina tática naturalmente diminuiu e oportunidades começaram a aparecer para ambas as equipes, que desperdiçaram boas chances. Nas penalidades, Sancho e Rashford, que entraram no final, desperdiçaram suas cobranças, e o jovem Saka parou nas mãos de Donnarumma.