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Há oito anos, o atleticano aprendeu a venerar um santo. No Galo que negava repetidamente o impossível e emendava classificações heroicas como se tivesse um estoque interminável de milagres, o lugar mais especial do altar era dedicado a São Victor. Em tantas noites de aflição aos torcedores, o goleiro atendeu as preces e se transformou em responsável direto pela glória. Virou eterno, mesmo encarnado entre outros dez homens vestindo a camisa alvinegra. E não existe alma no Independência, no Mineirão ou em qualquer solo sagrado ao Atlético que não cultue as incontáveis façanhas do milagreiro de luvas.
Aquelas mãos (e aquele pé esquerdo) não apenas garantiram alguns dos troféus mais valiosos da história do Galo. Elas bateram no peito para honrar a camisa e resgatar a máxima grandeza do clube, pela primeira vez no topo das Américas. Elas afagaram toda uma massa e provaram que o herói, tão gentil quanto decisivo, tinha motivos para ser o mais amado entre os atleticanos. Depois de 424 jogos, vai ser difícil se acostumar com o Atlético sem Victor no gol. A história, de qualquer forma, está escrita. E não serão poucas as testemunhas do santo goleiro, que professarão sua fé e reconstituirão os milagres a cada vez que um coração alvinegro pulsar.
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